sexta-feira, dezembro 02, 2005

Cantinho de Auto Ajuda

A COLÔNIA DOS REJEITADOS

Em seu livro “Deixe-me viver”, Luiz Sérgio nos informa sobre um local para onde são levadas as Entidades que foram abortadas: a Colônia dos Rejeitados, “... que apesar de bela, possui uma aura triste. Olhei ao meu redor e senti certa melancolia até nas flores, apesar das fontes de águas cristalinas emitirem suave fragrância de jasmim”.
Ali, o autor espiritual narra que foram encontrados inúmeros Espíritos com o perispírito deformado, devido ao choque emocional, atingindo a esfera mental. Eram criaturas metade homem, metade criança. É isto mesmo! “...homem com fisionomia de bebê e bebê com fisionomia de homem”.
Estavam ali para recuperarem a forma original de seu perispírito e, após curados no nível psíquico, tentar uma nova reencarnação.
A frase mais comentada entre essas Entidades, quando se estavam se preparando para a volta a um corpo físico era:
- “Nem sei se vou conseguir reencarnar, minha mãe não me aceita, já me abortou... E temo passar outra vez por semelhante situação”.
Como vemos, cada abortado guarda na lembrança o cruel momento do aborto. E levam muitos anos para adquirirem o seu verdadeiro equilíbrio.
“... fomos levados até uma ala dos recém-chegados... Olhando aqueles fetos, formas diminutas, meu coração chorou, que triste quadro! Alguns se encontraram protegidos por mínimas incubadoras, até do tamanho de uma caixa de fósforos, recebendo luz. Trancafiados em um perispírito reduzido, víamos Espíritos quase dementados, porque seus pais os rejeitam, mandando-os de volta”.
“Um aborteiro sequer imagina o mal que está fazendo ao próximo e a si mesmo. Bastava lembrar que, se sua mãe o tivesse abortado, não estaria vivendo a oportunidade da encarnação”.
A terapia para recuperar os abortados
A seguir ilustraremos 3 casos ocorridos na Colônia dos Rejeitados:6

CASO 1:

Luiz Sérgio narra um caso emocionante, mostrando um diálogo entre um médico e um abortado, numa tentativa do Plano Maior em recuperar o seu corpo espiritual:
“Outro caso lamentável foi o de Fernando. Da cintura para baixo possuía a forma de um bebê e da cintura para cima o formato de um homem. Seu olhar cintilava de ódio. O médico lhe perguntou:
- Você é o Fernando? - ele assentiu com leve movimento de cabeça. Deseja conversar hoje?
- Não, nada quero, somente morrer de vez.
- Sabe que isso é impossível. E depois, o plano de Deus espera por você. Terá de voltar à Terra e prosseguir viagem.
- Vocês são loucos e sanguinários. Vejam o meu estado! Obedecendo à Espiritualidade Maior, freqüentei todos os cursos para o mergulho em novo corpo e hoje, o que restou de mim? Uma deformação odiosa, pela rejeição de alguém que prometeu acolher-me no seu ventre. Tudo mentira! Nada quero, não acredito em mais nada. O mundo é feito de ódio.
- Fernando, por favor, vamos buscar sua antiga forma, ela está na sua mente, vamos correr para os braços de Jesus e verá que é capaz de fazê-lo. Nada pode tolher seus movimentos, eles lhe pertencem, portanto, a saúde está em você, busque-a agora, queira-a, meu Irmão!
Fernando gritava:
- Não posso, não vê que tenho um aleijão? Sou homem e bebê.
- Não, você não é um bebê. Você é que insiste em recordar tão triste fato. Esqueça-o, Irmão querido, e busque na sua alma a forma verdadeira do seu corpo de homem. Agora, vamos imaginar cada órgão seu e verá surgir o verdadeiro Fernando.
- Não posso, eles me matam! A mesa ... os aparelhos ... as seringas ... a dor, a dor, a dor queima, queima! ... Não, não me mate, mãe! Nada lhe fiz de mal, peço-lhe somente: deixe-me nascer!
- Fernando, o seu corpo, o seu corpo, Fernando! Molde-o novamente! Molde-o novamente como você era antes!
- Não posso! O líquido me queima, estou sendo assassinado friamente! O que fiz para vocês assassinos? Reduzem-me a feto e, agora, covardemente, abusam da minha pequenez e me matam! Por favor, deixe-me nascer, não os perturbarei jamais. Abandonem-me depois para que outros me criem, mas não me matem, covardes. Eu não tenho armas para me defender. Um dia terão de pagar por isso e o meu ódio será eterno. Como posso chamá-la de mãe, quando assassina um filho inocente e indefeso? Nem os animais praticam tão cruel assassinato. Bandidos, bandidos cruéis!
Dizendo isto, desmaiou”.

CASO 2:

“... fui com meu grupo até o auditório, onde uma platéia muito estranha ouvia atentamente uma preleção de Olavo. Olhei aqueles corpos, sem encontrar palavras para descrevê-los. Alguns Espíritos, bem deformados, possuíam rosto de criança e corpo de adulto; outros, o corpo de criança com braços e pernas de adulto”.
Mais adiante, Luiz Sérgio reproduz uma parte da palestra ministrada por Olavo:
- “O desejo está em oposição às tendências morais. A mulher só pratica o aborto quando se sente incapaz de assumir uma vida, sendo esta a causa de muitas buscarem ajuda nas clínicas abortivas. Mas os abortados precisam conscientizar-se de que o aborto é um ato físico e o Espírito não deve ficar reavivando os fatos tristes que enfrentou. Sei que carrega no corpo a chaga da rejeição, mas nem por isso deve considerar-se rejeitado. Cada cérebro é uma casa, um mundo, enfim, um universo, e somente seu dono pode arrumá-lo. Se ficarmos ornamentando nossa casa, nosso mundo, com enfeites da revolta, da vingança, do ódio, teremos um cérebro perturbado e uma casa mental em desalinho, fugindo do universo de Deus. Sabemos que no momento do violento aborto o cérebro, defendendo-se, deseja, em alguns segundos apenas, dar outra vez nova modelagem ao corpo. Nesse desespero ocorrem anomalias na forma perispiritual. Não esqueçamos que, para chegar à condição de feto, tivemos de aprender a nos concentrar de tal modo que, por vontade própria, déssemos ao corpo perispiritual a forma diminuta”.
Vimos no que foi relatado acima, a necessidade do abortado de não ficar alimentando a vingança, nem de ficar na cômoda posição de rejeitado. Há a forte necessidade de buscar o equilíbrio mental onde, através de exercícios de concentração e mentalização, buscar o contorno para um novo corpo espiritual. Vejamos a seguir, um destes exercícios:
“Olavo mudou o tom de voz, falando suave e pausadamente:
- Agora, neste auditório, vamos olhar as lâmpadas que se encontram no teto e vamos dar um novo colorido à nossa casa mental. Vamos, ainda, buscar no inconsciente o apagador e, depois de ter retirado da mente os fatos cruéis já vividos, vamos fazer crescer a vontade da cura e plasmar com amor um corpo perfeito para nós. Vamos fixar as lâmpadas e agora, como se fôssemos pintores, tocar cada parte do nosso corpo, dando-lhe as formas das quais ele precisa.
Estabeleceu-se completo silêncio. As luzes ganharam uma nova irradiação e todos aqueles Espíritos, de olhos bem abertos, fixaram as lâmpadas para depois cerrarem os olhos e pouco a pouco foram moldando, cada qual um novo corpo”.

CASO 3:

A seguir um outro exemplo do trabalho terapêutico dos Mentores Espirituais com as Entidades abortadas com deformações no corpo espiritual:
“...e Jacó, em posição de lótus, à frente de Gustavo na mesma posição, iniciou o trabalho mental. Jacó de mãos juntas sobre o peito, cabeça baixa, orava em silêncio. Gustavo, também na mesma posição, tentava entrar em sintonia.
Começou Jacó a falar, num tom de voz dulcíssimo. Sua voz era tão suave que receei também entrar em estado hipnótico.
- Gustavo, a roseira perdoa a mão do jardineiro que lhe furta a rosa perfumada; a terra não reclama paternidade quando o agricultor a abandona, levando os cereais; os pais não amaldiçoam os filhos quando saem de casa para construir um novo lar. A vida só tem valor se a colorirmos de perdão. Neste instante, vamos buscar, na nossa casa mental, o Médico que ganhou de Deus o diploma da vida e optou pela morte; que ele possa ser tocado na sua consciência e compreenda o mal que pratica contra inocentes criaturas; que os aborteiros recebam de nós uma chuva de amor e perdão; que nas suas consciências brotem a semente do Amor. Vamos buscar Paulo e Andréa e dizer-lhes que nada se compara à missão dos pais; que interrompendo uma gravidez, eles estão retardando o momento glorioso de apertar um filho nos braços.
Observava Gustavo, enquanto Jacó prosseguia. Seus olhos pareciam divisar os momentos dramáticos do seu contato com o corpo de sua mãe. O olhar foi ficando duro. Jacó só falava em perdão. A medida que foi falando, Gustavo foi também relaxando e adquirindo um novo olhar, menos vago e mais lúcido. Eu estava emocionadíssimo, mas tinha de fazer força para não atrapalhar o trabalho. Jacó acrescentou:
- Mantenha o pensamento em Deus, firme n’Ele os seus propósitos e busque recordar-se do seu corpo na forma adulta, sem deformações; busque o Gustavo homem.
Em poucos segundos Gustavo se nos apresentou um belo jovem de 27 anos; não saira da posição inicial, apenas crescera ali na frente de Jacó, recebendo forte carga magnética não só do Irmão-paz, como de todos nós que ali estávamos. A operação foi longa e me pareceu complicada, tanto que para realizá-la contamos com Jacó, que na última encarnação foi um líder hindu, conhecedor do magnetismo humano. Gustavo de tanto esforço, caiu desmaiado, sendo socorrido pelos enfermeiros da casa”.

(Do livro "Deixe-me viver" de Luiz Sérgio- Retirado do boletim GEAE nº 470)