domingo, abril 16, 2006

Cantinho das Mensagens

PÁSCOA DO DESPERTAR

Boa noite queridos companheiros.
É com prazer que mais uma vez aqui me encontro para uma pequena palestra.
Hoje é o chamado domingo de Páscoa, em que nós apenas nos contentamos em presentear-nos com ovos de páscoa e nos esquecemos o que se comemora nesta data. Neste dia, há muito tempo atrás, um dos seres mais iluminados que já passaram por este planeta de aprendizado, provou para a humanidade que somos eternos, que a reencarnação é um fato. De lá para cá, houve diversas interpretações sobre este fato. Este é um dos momentos mais marcantes na passagem terrena de Jesus.
No dia de hoje devemos lembrar que nossa vida não se restringe apenas à nossa atual passagem; que o invólucro material, que é o corpo humano, é apenas uma de nossas moradas.
Olhando sob essa ótica devemos repensar nossos conceitos imediatistas e materiais, afinal, se não morremos, se não podemos fugir, através da morte, de nossas responsabilidades, qual é a finalidade desta nossa atual existência? Certamente não se restringe à aquisição da casa própria ou do automóvel do ano.
Como escola que a terra é, devemos prestar atenção em nossas vidas e em nossa família.
Por certo, se temos sérias desavenças com nossos familiares, se há uma antipatia gratuita, não devemos nos sentir vítimas do destino, mas devemos observar que nos foi dada a oportunidade de nos reconciliarmos com nossos desafetos passados; que devemos chegar, ou tentar chegar, a amá-los, pois se não fossem os laços sangüíneos, por certo nem tentaríamos a convivência com nossos familiares.
A vida, a todo instante, nos chama a atenção às coisas que realmente importam, ou seja, que o que vale é o que adquirimos e guardamos no coração, tanto de bom como de mal; e se o que temos de bom utilizamos para ajudar aos outros, com um sorriso, com uma palavra amiga, esta é a verdadeira caridade.
A verdadeira caridade é aquela que exercemos com aqueles que nos tiram a calma, pois é fácil ser bom para aqueles que são bons.
A verdadeira caridade é posta à prova no exercício com aqueles irmãos, que mergulhados na inveja, no ódio e no ciúme, atiçam todos os nossos defeitos com sua simples presença.
Questionem-se sobre qual a qualidade do amor que doamos àqueles que queremos bem.
Será que este sentimento que achamos ser amor na verdade não é possessão, ciúmes, orgulho?
Geralmente aprisionamos àqueles que supostamente amamos.
Amar é: libertar e não aprisionar
doar incondicionalmente, sem exigência de retorno
plantar todo dia, regar e cuidar do jardim
saber perdoar os defeitos daqueles que amamos
procurar ajudar, sem humilhar, aquele que recebe
não realçar o defeito do outro para que nossas qualidades fiquem em evidência
ser humilde acima de tudo.
Geralmente nos achamos infelizes e desafortunados, mas não analisamos a nossa contribuição para a situação presente, se seria apenas nosso orgulho não satisfeito a causa de nossa infelicidade.
Amigos, nós, apenas nós, somos os responsáveis pela nossa vida. Não atribuamos a terceiros e a fatos externos, os males de nossas vidas.
Devemos refletir se não foi nossa maneira de pensar e agir que atraiu o infortúnio; se não foi uma baixa vibração que atraiu pessoas e fatos afins. Reavaliemos nossas posturas e nossas expectativas. Lembremos sempre, que esta é uma das várias passagens que já tivemos e que iremos ter.
Provavelmente, a maior parte de vocês aqui veio através de inquietações, desgostos, ou seja, através da dor.
A dor é uma benção divina que muda os homens, que os faz humildes e geralmente têm o intuito de despertar para as simples coisas da vida, que chamam à verdadeira missão que aqui nos propusemos que é melhorar nossa capacidade de amar.
O amor incondicional eleva, perdoa, balsamiza as dores.
Qual a qualidade de nosso amor?
Reflitamos com carinho para que não desperdicemos esta abençoada oportunidade de redenção de nossas faltas.
Que Deus nos guarde com este imenso amor que sempre dispensou à humanidade.

(Um irmão de luz)