Cantinho Espírita

INVIGILÂNCIA E OBSESSÃO

Uma vez mais, vimos lhes encarecer a necessidade de vigilância, a necessidade do esforço conjunto para a paz seja preservada.
Atravessam os homens na Terra momentos difíceis; há muito pessimismo, muito pensamento infeliz, palavras levianas, e a sintonia com os nossos irmãos domiciliados nas trevas se faz, então, muito mais fácil.
Há uma aproximação maior, por assim dizer, entre o psiquismo do homem invigilante e a mente dos espíritos libertos do corpo, interessados em prejudicar o andamento das boas obras.
Mormente os companheiros espíritas, que mourejam na mediunidade, que estudam, que conhecem, companheiros mais esclarecidos quanto às realidades espirituais, necessitam de maior vigilância; vigiar o pensamento, a palavra, a atitude, para que não sejam médiuns da discórdia, interpretes do desequilíbrio e intermediários da desavença.
Há sem dúvida, que se precaver, através da oração, que se sanear os pensamentos, não permitindo que as idéias infelizes se tornem tão freqüentes, porque, não raro, pensamento no mal, o homem o atrai; nele pensando exaustivamente, o homem facilita a entrada da perturbação. Referimos-nos ao assunto de uma maneira geral, porque, quase sempre, o assédio começa dentro de casa...
Uma idéia negativa que se assimila, uma idéia infeliz com o qual se sintonize é capaz de gerar perturbações imprevisíveis. Só há mesmo um recurso para que o homem se acautele, para que o homem se imunize: é a terapia do trabalho no cultivo dos bons pensamentos!
Torna-se imprescindível que o homem fuja ás idéias infelizes, aos assuntos negativos, evitando até mesmo o assunto de uma revista ou uma reportagem de jornal que não seja edificante.
Existem companheiros dominados há anos por idéias obtusas...Julgam os outros, acreditando-se julgados por eles e, então, a desconfiança se estabelece e a obsessão se instala com maior facilidade.
Podemos dizer que, no campo da obsessão, todos são excelentes medianeiros quando se entregam à invigilância!
Que o Senhor os abençoe e os auxilie no cumprimento de seus deveres, trabalhando no clima do silêncio e da realização construtiva.

(Odilon Fernandes)