terça-feira, janeiro 27, 2009

Cantinho da Saúde e Beleza

DIABETES


O que é diabetes?

O diabetes é uma doença na qual o organismo não produz insulina suficiente ou não consegue usá-la adequadamente para suprir as suas necessidades. O portador da doença pode levar uma vida normal desde que os níveis de glicose no sangue sejam bem controlados.

Segundo pesquisas, cerca de 7,6% da população, entre 30 e 69 anos, é diabética; isto representa aproximadamente 5 milhões de diabéticos no país. Destes, aproximadamente 47% desconheciam a doença e 24% não faziam qualquer tipo de tratamento.

Classificação do diabetes

Tipo 1: Ocorre mais freqüentemente em crianças e jovens, classificada como "diabetes juvenil". Neste caso, o pâncreas não produz insulina, por isso, os portadores do diabetes tipo 1 controlam a doença por meio da insulina, chamados, então, dependentes de insulina.

Tipo 2: É a forma mais comum da doença, atingindo aproximadamente 90% dos diabéticos e, com mais freqüência, os adultos acima de 40 anos. Controle do peso e da alimentação e a administração de medicamentos são necessários. Neste tipo, o pâncreas ainda fabrica insulina, mas em quantidade insuficiente, por isso, o controle da doença por meio dessa substância não é obrigatório.

Diabetes Gestacional: O diabetes gestacional é uma forma de diabetes descoberta durante a gravidez e que usualmente desaparece depois do nascimento do bebê. As mulheres que desenvolveram esse tipo de diabetes durante a gravidez estão mais propensas a desenvolver os outros tipos mais tarde.

Quais são os sintomas?

No caso do diabetes tipo 2, os sintomas mais comuns são:

Aumento da vontade de urinar.
Sede excessiva.
Cansaço.
Emagrecimento.
Cicatrização lenta.
Perda ou ganho de peso.
Muitas vezes, os sintomas são vagos, como formigamento nas mãos e pés, dormências, peso ou dores nas pernas, infecções repetidas na pele e mucosas. Portanto, é importante que pessoas, principalmente acima de 40 anos de idade, façam uma checagem.

O que um paciente diabético deve fazer?

O primeiro passo para o tratamento baseia-se em orientações e explicações sobre a doença, principalmente, com relação à dieta, restringindo o açúcar, distribuindo adequadamente, durante as refeições, as proteínas, os carboidratos e os lipídios em quantidades apropriadas ao longo do dia. Quando somente a dieta não surte efeito na melhora da doença, faz-se necessária a administração de medicamentos hipoglicemiantes (remédio que reduz a taxa de glicose no sangue) ou insulina.

Tratamento

Na maioria dos casos, o controle dos níveis de glicose no sangue requer a adoção de terapia medicamentosa. Hoje, os pacientes podem controlar os níveis sangüíneos de açúcar com maior precisão e esquivar-se das complicações da doença nos últimos anos de vida.

As melhorias no tratamento incluem:

Novas sulfoniluréias: estimulam o pâncreas a produzir mais insulina.
Metformina: melhora a resposta natural do fígado, o qual previne a liberação excessiva de açúcar no sangue.
Glibenclamida: estimula o pâncreas a produzir mais insulina.
Inibidores de alfa-glicosidase: reduz a velocidade de quebra do amido e, portanto, a liberação de açúcar pelos intestinos para a corrente sangüínea.
Tiazolidinadionas: permitem o uso eficiente da insulina e reduzem o risco cardíaco associado ao diabetes.
Nota: O tratamento é sempre individualizado, pois somente o seu médico poderá avaliar qual será o caminho mais adequado para você.

O que pode ocorrer quando o paciente diabético não respeita o tratamento?

Quando o paciente com diabetes não se trata adequadamente, a evolução da doença pode causar complicações dos vasos sangüíneos, como o infarto cardíaco, aumento da pressão arterial, derrame cerebral, insuficiência renal e, até mesmo, redução ou perda da visão.

Diabetes: Você cuida e vive melhor!

Segundo um antigo ditado, "é melhor prevenir do que remediar". No caso do diabetes, "o controle é vida". Se as dicas abaixo forem seguidas, você estará colaborando não somente para a prevenção do diabetes, mas também de diversas doenças que podem afetar sua saúde.

Restrição do açúcar: É importante rever a quantidade e a qualidade da alimentação. O primordial, na prevenção do diabetes, é restringir ou, pelo menos, moderar o consumo de açúcar e quaisquer de suas preparações. Além disso, a adoção de dietas hipocalóricas (com baixo teor de calorias) ajuda a reduzir o peso ou mantê-lo ideal, fator este importante para a prevenção da obesidade.
Atividade física: Os exercícios físicos melhoram a circulação e aumentam a queima de açúcar no sangue. Um dos melhores exercícios é a caminhada. Trinta minutos por dia são o suficiente e garantem diversos benefícios. Um exemplo de exercício é a natação.
Programas educativos: A orientação quanto à necessidade do controle e dicas preventivas é a chave do sucesso no combate ao diabetes. Como parte de um programa educativo, podemos citar o antitabagismo, a realização de exames oculares (a cegueira é uma das conseqüências do diabetes), moderação ao consumir bebidas alcoólicas, a prática de atividades de lazer, evitando o sedentarismo, etc.

(Dra. Elisabete Almeida)