Cantinho da Poesia
IMPASSÍVEL DIANTE DO DRAGÃO
Quanto tempo nos conhecemos
Sei lá ...!
Eu vinha, você ia ... foi um encontro comum casual,
Milhares já se encontraram assim.
Depois eu comecei a sentir algo,
Talvez uma saudade sem razão...
Sei lá ...!
Não era tristeza, não era alegria,
Era uma indecisão de amar você.
E eu passava momentos olhando prá frente,
Desligado, sem ver nada.
Gozado. Olhava e não via.
Estava absorto, parado, consumido por mim,
- Uma verdadeira estátua em introspecção -!
Estava “encucado”,
“Encucado” com uma ausência que era presença.
De repente, a interrogação indecisa foi evaporando
E eu vi dentro de mim que era amor.
Você estava enquadrada no que eu queria:
Desde o sorriso até as lágrimas.
Você era o “SIM” diante do altar,
Você era a mão certa na escalada incerta,
Você era o horizonte nítido...o agasalho....
Mas eu cometi um erro:
Não perguntei se eu também era
Tudo isso prá você.
E a verdade é que não era.
Eu não estava enquadrado no que você queria,
Eu era o “NÃO”,
Não era sorriso, não era agasalho, não era nada....
Era um ser andante maravilhosamente invisível para você.
De repente a exclamação veio em “closed”
E eu fiquei afirmando seus defeitos,
Fiquei procurando tudo o que você fazia de errado,
E você não fazia....
Fiquei torcendo prá você me decepcionar.
Afundei-me como arqueólogo nas ruínas da sua imagem adorada
E você permaneceu intacta.
Eu quis desmanchar a ilusão,
Quis vomitar um amor que me assentava bem,
E eu torci para você me decepcionar,
Eu queria tanto sentir raiva de você,
Ódio!
No entanto, você se manteve a mesma,
Impassível diante do dragão, no qual me transformei.
Então, me decepcionei comigo,
Porque não compensei o que queria com o que sentia,
E numa noite, não muito longe,
Resolvi selar a carta de despedida:
Fechei os olhos,
As lágrimas pingaram uma a uma
E eu adormeci, sonhando o sonho da aceitação!
(Extraído do livro “Deus Negro - Poesias e Pensamentos” – Neimar de Barros)
Quanto tempo nos conhecemos
Sei lá ...!
Eu vinha, você ia ... foi um encontro comum casual,
Milhares já se encontraram assim.
Depois eu comecei a sentir algo,
Talvez uma saudade sem razão...
Sei lá ...!
Não era tristeza, não era alegria,
Era uma indecisão de amar você.
E eu passava momentos olhando prá frente,
Desligado, sem ver nada.
Gozado. Olhava e não via.
Estava absorto, parado, consumido por mim,
- Uma verdadeira estátua em introspecção -!
Estava “encucado”,
“Encucado” com uma ausência que era presença.
De repente, a interrogação indecisa foi evaporando
E eu vi dentro de mim que era amor.
Você estava enquadrada no que eu queria:
Desde o sorriso até as lágrimas.
Você era o “SIM” diante do altar,
Você era a mão certa na escalada incerta,
Você era o horizonte nítido...o agasalho....
Mas eu cometi um erro:
Não perguntei se eu também era
Tudo isso prá você.
E a verdade é que não era.
Eu não estava enquadrado no que você queria,
Eu era o “NÃO”,
Não era sorriso, não era agasalho, não era nada....
Era um ser andante maravilhosamente invisível para você.
De repente a exclamação veio em “closed”
E eu fiquei afirmando seus defeitos,
Fiquei procurando tudo o que você fazia de errado,
E você não fazia....
Fiquei torcendo prá você me decepcionar.
Afundei-me como arqueólogo nas ruínas da sua imagem adorada
E você permaneceu intacta.
Eu quis desmanchar a ilusão,
Quis vomitar um amor que me assentava bem,
E eu torci para você me decepcionar,
Eu queria tanto sentir raiva de você,
Ódio!
No entanto, você se manteve a mesma,
Impassível diante do dragão, no qual me transformei.
Então, me decepcionei comigo,
Porque não compensei o que queria com o que sentia,
E numa noite, não muito longe,
Resolvi selar a carta de despedida:
Fechei os olhos,
As lágrimas pingaram uma a uma
E eu adormeci, sonhando o sonho da aceitação!
(Extraído do livro “Deus Negro - Poesias e Pensamentos” – Neimar de Barros)
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