sexta-feira, setembro 30, 2005

Cantinho Espírita


MEDIUNIDADE
MÉDIUNS AUDIENTES

Ouvem a voz dos Espíritos. O fenômeno manifesta-se algumas vezes como uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo. Outras vezes, dá-se como uma voz exterior, clara e distinta, semelhante a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer conversação com os Espíritos. Quando têm o hábito de se comunicar com determinados espíritos, eles os reconhecem imediatamente pela natureza da voz.
Esta faculdade é muito agradável, quando o médium só ouve espíritos bons, ou unicamente aqueles por quem chama. É perturbadora quando um espírito malfazejo o assedia com freqüência, fazendo-lhe ouvir a cada instante as coisas mais desagradáveis e não raro as mais inconvenientes. Neste caso já se instalou a obsessão, mas que, com cuidados necessários, é possível ser evitada ou repelida.

MÉDIUNS FALANTES

O médium falante geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência. Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, raramente guarda lembrança do que diz. Nele, a palavra é um instrumento de que se serve o Espírito, com o qual uma terceira pessoa pode comunicar-se, como pode com o auxilio de um médium audiente. Nem sempre, porém, é tão completa a passividade do médium falante. Alguns têm a intuição do que dizem, no momento mesmo em que pronunciam as palavras.

MÉDIUNS VIDENTES

Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns possuem essa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo. É muito raro a faculdade da vidência se mostrar permanente. Quase sempre é efeito de uma crise passageira. Na categoria dos médiuns videntes podem ser incluídas todas as pessoas dotadas de dupla vista.
O médium vidente julga ver com os olhos, como os que são dotados de dupla vista. Mas, na realidade, é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos.
É necessário saber separar a vidência propriamente dita das aparições acidentais e espontâneas. A vidência consiste na possibilidade mais ou menos freqüente de ver os espíritos, embora varie de intensidade. As aparições acidentais de espíritos são comuns na hora do desencarne de entes queridos que se encontram distantes e aparecem para algum membro da família. Nessas visões, o espírito comunicante vem reafirmar seus laços afetivos ou fazer algum pedido geralmente de interesse familiar. Isso é muito mais comum do que se imagina.
Entre os médiuns videntes, há alguns que só vêem os Espíritos evocados e cuja descrição podem fazer com exatidão minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até, os sentimentos de que parecem animados. Outros há em quem a faculdade da vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidando, poder-se-ia dizer, de seus afazeres.
No entanto, essa faculdade varia de médium para médium e uma mesma visão pode ser captada de forma diferente por outro.

MÉDIUNS SONAMBÚLICOS

Pode considerar-se o sonambulismo uma variedade da faculdade mediúnica, ou, melhor, são duas ordens de fenômenos que freqüentemente se acham reunidos. O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio espírito. É sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O que ele externa tira-o de si mesmo. Suas idéias são, em geral, mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos mais dilatados, porque tem livre a alma. Numa palavra, ele vive antecipadamente a vida dos espíritos. O médium, ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha. É passivo e o que diz não vem de si.

Em resumo, o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, enquanto que o médium exprime o de outrem. Mas, o Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo. Dá-se mesmo que, muitas vezes, o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação.
Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como os médiuns videntes. Podem confabular com eles e transmitir-nos seus pensamentos. O que dizem, fora do âmbito de seus conhecimen-tos pessoais é com freqüência sugerido por outros Espíritos.

Obras consultadas e sugeridas:
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Federação Espírita Brasileira
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Federação Espírita Brasileira
Mediunidade (Vida e Comunicação), J. Herculano Pires, Edicel.
Mediunidade, Tire suas Dúvidas, Luiz Gonzaga Pinheiro, EME Editora.
Mediunidade: Caminho Para Ser Feliz, Suely Caldas Schubert, editora Didier.

Consciesp