segunda-feira, outubro 03, 2005

Cantinho Espírita


MEDIUNIDADE
CONCLUSÃO

A mediunidade jamais foi e será um privilégio do espiritismo, pois ela existe e se manifesta em indivíduos de todas as religiões e até mesmo dos que não professam nenhuma. As manifestações mediúnicas podem ser encontradas desde as eras primitivas, nos registros das escrituras sagradas de todos os povos (inclusive a bíblia), nos atuais trabalhos da umbanda, nos cultos afros, nos grupos de cunho esotérico e místicos, ou mesmo nas práticas evangélicas ou carismáticas. Também a encontramos na magia negra, nos rituais satânicos, nas confrarias que arquitetam e espalham o terror, etc.
Médium significa ser intermediário, estar no meio de atuações de forças espirituais (benéficas ou nocivas) e a elas responder, de acordo com seu livre-arbítrio, consciente ou inconscientemente, à sintonia estabelecida.
Pela distorção com que a mídia sensacionalista apresenta certas pessoas se auto-intitulando "médiuns" e "espíritas", muitos acreditam que o estudo esclarecedor que o espiritismo oferece sobre a fenomenologia mediúnica pode ser perigoso ao indivíduo. Mas é justamente o contrário. O perigo está em ser desconhecedor das leis espirituais que regem nosso ser, sendo a faculdade mediúnica um de seus mais expressivos atributos.
Quem com seriedade e sem preconceito estudou e meditou sobre O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, sabe muito bem disso.
A mediunidade é uma potencialidade de todo ser humano. Sob sua influência, sem que o saibamos, adotamos pensamentos, sentimentos, condutas e praticamos ações, porque as dimensões físicas e espirituais se interpenetram, influenciam e interagem.
Pela sintonia mental-emocional, que acontece de forma natural e espontânea, nossa mente a todo instante é bombardeada por idéias, impressões, pressentimentos ou mesmo intuições, que são sempre aceitas ou não em função de nosso livre-arbítrio. Esse bombardear psíquico se dá pela influenciação das humanidades física (encarnada) e espiritual (desencarnada).
Por isso, a eclosão da mediunidade não depende de classe social, idade, religião, raça ou sexo.
O espiritismo elevou a mediunidade à categoria de missão, pois nela reconhece um convite divino para a reavaliação e conseqüente renovação de nossa jornada espiritual na Terra. Ao educar a sua mediunidade, o médium nada mais faz do que reeducar seus pensamentos e sentimentos para o bem e o altruísmo incondicional.
O objetivo maior da prática mediúnica no espiritismo é persuadir o ser humano para que seja, no decorrer do aprendizado evolutivo, médium de sua natureza divina.
Por esse motivo, os espíritos benfeitores que assistiram a Allan Kardec, definiram Jesus como sendo o médium de Deus, por ser ele o maior dispensador da graça divina que já passou pelo nosso mundo.

E foi o próprio Cristo, quem mais alto sacramentou a excelência da mediunidade indicando-a, pelo próprio exemplo, como meta suprema para a sintonia perfeita, ao proferir: "As obras que eu faço, não sou eu que as faço. É o Pai em mim que faz as obras. De mim mesmo, eu nada posso fazer".

Obras consultadas e sugeridas:
O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Federação Espírita Brasileira
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Federação Espírita Brasileira
Mediunidade (Vida e Comunicação), J. Herculano Pires, Edicel.
Mediunidade, Tire suas Dúvidas, Luiz Gonzaga Pinheiro, EME Editora.
Mediunidade: Caminho Para Ser Feliz, Suely Caldas Schubert, editora Didier.

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