quarta-feira, novembro 02, 2005

Cantinho Espírita

MORTOS AMADOS

Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte, sentimo-nos como se nos arrancassem o coração, para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram. E bastas vezes, tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão, pelas fontes dos olhos. Compreendemos, sim, neste OUTRO LADO DA VIDA, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê....
Se varas instantes semelhantes de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na VIDA MAIOR. Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no plano físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível, mas não de toda ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam. Enfeita-Lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranqüilizá-Los com o apoio de tua conformidade e de teu amor. Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-Lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, hei-Los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as aflições sobre taxadas com as tuas.
Compadece-te dos Entes Amados que te precederam na romagem da Grande Renovação. Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em Bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto Eles todos te ouvem o coração na VIDA SUPERIOR, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do AMOR SEM ADEUS.

Espírito: EMMANUEL - Psicografia: CHICO XAVIER
in “Na era do Espírito”