segunda-feira, janeiro 16, 2006

Cantinho da Poesia


Quantas lutas enfrentamos em nosso dia-a-dia?
Lutas garridas, lutas sofridas!...
Seja pelo amor ou pelo desamor,
seja pela riqueza ou pela pobreza,
são lutas ferrenhas que travamos no nosso interior.
O nosso instinto nos leva a lugares insondáveis
na luta pela sobrevivência e,
sem medir conseqüências, seguimos qual D. Quixote
lutando contra moinhos de vento imaginários.
E na nossa loucura, em meio as nossas agruras,
acreditamos que o que podemos fazer é...
lutar...
Mas, ao invés de lutarmos contra
o que de ruim existe dentro de nós,
e combatermos o grande algoz
que julga, que aponta, mente e engana,
preferimos olhar para o lado de fora e julgar...
aos outros.
E a nossa mente, o nosso ego,
na quietude e silêncio do nosso ser
jazem sorridentes, pois, ao invés de combatidos,
são os combatentes.
São eles que dirigem
esse pobre ser "demente" chamado homem que,
por não perceber que não é o manipulador,
mas sim o manipulado,
luta... luta...luta...
numa guerra sem fim contra os seus "inimigos".
Mas a luta, a tórrida luta,
deve ser travada com os seres reais
que existem dentro de cada um.
Os inimigos que encontram-se do lado de fora
não precisam ser combatidos.
Os grandes malfeitores estão quietos
e muito bem escondidos,
disfarçados, camuflados,
dentro de nós mesmos.
Dê-se uma trégua para pensar, refletir, analisar
a quantos percalços precisará enfrentar
antes de perceber que a maior luta
deverá ser travada dentro de você.

(Um irmão de luz)