quarta-feira, maio 10, 2006

Cantinho da Poesia

CONSCIÊNCIA
A voz da consciência
Acusa nossos erros.
Mas nós, ao invés de ouvi-la,
Ao invés de senti-la,
Preferimos fechar as portas,
Os portões,
Para qualquer contato
Mais profundo
Que possamos ter com essa voz.
Que nos acusa,
Que nos estimula
A acordar para o bom senso,
A segurar nossas paixões,
A refrear nossos desvarios.

Optamos por não escutá-la.
Preferimos ser surdos,
Preferimos ser cegos,
Preferimos ser tolos.
E, num gesto
De total falta de razão,
De imaginação,
Caminhamos pela louca sedução
Que nos oferece o mundo.
Prazeres, festas, dinheiro...

Esquecemos que essa amiga,
Que sempre ao nosso lado está,
Procura continuamente nos alertar
Sobre os erros
Que estamos cometendo.

E nossa falta de razão
Nos faz dar vazão
Aos instintos ruins.
Mas o que mostramos aos outros
São nossos rostos
Com máscaras de querubins.
E lá está a amiga consciência
Tentando, tentando...
Nos alertando
Que devemos parar.

Incautos somos nós
Pois, quando os problemas chegam,
A quem culpamos?
À ela. À nossa consciência.

Prestem atenção
Aos conselhos que ela lhes dá.
Fiquem atentos, meus amigos,
Depois, não vale chorar.

Pois esta boa e velha amiga
Está aí, sempre a nos alertar.

(Irmão Alcides)