domingo, junho 11, 2006

Cantinho Espírita

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS


Que bom seria se fôssemos todos julgados com o mesmo peso e com a mesma medida.
Que bom seria se a balança do equilíbrio não pendesse para nenhum dos lados.
Que bom seria se todos os homens, com direito de julgar o próximo, o fizessem com dignidade, justiça e isenção de interesses.
Que bom seria se fôssemos julgados pelos nossos atos e não pela maneira com que nos apresentamos.
Ah! Dia virá em que, libertos, todos os valores que a sociedade nos impõe para sermos bem aceitos não terão mais valor algum e, livres assim do preconceito do bem vestir, do bem morar, nos preocuparemos com o "bem fazer", "com o bem falar", com o "bem pensar".
Libertos das "aparências" que revestem e direcionam os julgamentos, nos preocuparemos em "não julgar", mas conviver e aprender a bem viver, numa sociedade onde os valores serão medidos pelo esforço, perseverança e trabalho de cada ser. Não veremos a roupa bonita, a casa bonita ou o belo carro do nosso vizinho. Veremos, sim, o brilho que certamente terá no olhar. Um olhar brilhante, tranqüilo e sereno, daquele que conquistou o equilíbrio através de um trabalho de reforma interior, onde o bom senso, adquirido através da reflexão e do aprendizado, através das vivências, venceu e se faz presente em seus atos, em sua compreensão, em sua falta de julgamento, na aceitação, na reflexão e na expressão tranqüila e serena que só têm aqueles que venceram a si próprios.
Hoje, o trabalho dignifica e enobrece a cada um que se esforce. No futuro o esforço terá como fruto o trabalho interior, que também irá dignificar, enobrecer e iluminar a alma que caminhará nua de preconceitos, nua de julgamentos, livre para se buscar, independente de julgamentos, tendo como medida a sua própria consciência.

(Irmão Aron )