domingo, agosto 20, 2006

Datas Comemorativas

20 DE AGOSTO
O DIA DO MAÇOM

ORIGENS

Historicamente, os maçons surgem por volta do ano de 1 200 d.C.

O Poema Regius, com seus versos de lendas e tradições remotas descreve a Formação da Fraternidade, na Inglaterra, no tempo do Rei Athelstan. Essas coligações que despontaram alhures pelo continente europeu ficaram conhecidas como Ordens de Maçonaria Operativa. Eram as Associações dos construtores dos estupendos palácios, templos e castelos medievais, verdadeiras fortalezas edificadas, com exuberante beleza.

A magnificência dessas obras perpetua, através dos séculos, os conhecimentos humanos originados, nas ciências e nos estudos de Euclides, matemático grego que ensinava, em Alexandria, durante o reinado de Ptolomeu I.

O DIA NACIONAL DO MAÇOM

Nós nos ligamos, com enorme facilidade, a valores existenciais, elegidos pela comunidade a que pertencemos. O que estimamos mais profundamente a ponto de reverência, de consagração e de se cultuar são:-

Os entes sagrados; os líderes; os protetores; os benfeitores; as entidades de todos os tempos; os acontecimentos que marcam; a história; a pátria ou a terra em que se criam raízes; os símbolos; o habitat; as instituições que desenvolvem a nossa auto-estima, a fraternidade e a força de um povo.

Prestamos homenagens sinceras, em datas especiais, a entes, ocorrências e objetos de nossa consideração inculcando, em nossa personalidade, o poder de ação, as forças, as vontades e os ânimos que insinuam esses objetos e inspiram, positivamente, nossos pensamentos.

A preferência pelas datas se dá para esse tipo de consagrações como, por exemplo, às mães, ao soldado, à natureza, a determinados santos, ao símbolo de um país, etc. em virtude de acontecimentos ou fatos fortuitos que tenham coincidido, no dia escolhido e que deveriam ser ligados ao tema almejado. Não obstante, isso é quase sempre relegado. O objeto que devemos glorificar muita vez extrapola os nossos desejos, os nosso limite de ação, nossas determinações, de se tomar qualquer partido específico e passa a se propagar e a pertencer ao domínio popular.

20 DE AGOSTO

O dia 20 de Agosto foi escolhido como o dia nacional do Maçom, por um grupo de Irmãos da Grande Loja.
A efeméride se disseminou e foi bem aceita, em princípio, pelos membros das demais potências.
Atualmente, está generalizada, faz parte, com naturalidade, das principais agendas de apontamentos profanos. Passou a ser acontecimento não mais da Sublime Ordem, mas de toda nação brasileira.
O grupo de Irmãos da GL se baseou, no fato do Irm Gonçalves Ledo, 1º Vigilante da ARLS Arte e Comércio jurisdicionada ao Grande Oriente Brasílico, do Rio de Janeiro haver “Proclamado a Independência” do País, com ampla veemência, dentro de sua Loja, o que é verdade, o que posto em votação foi aprovado, pelos presentes, no 20º dia do 6º mês maçônico do Ano da Verdadeira Luz de 5822. Para esse grupo de IIrm da GL, tal dia está em correlação com a data da homenagem. Consta que foi um erro porque, tratava- se, do dia 9 de setembro de 1822. (20 dias depois).
O calendário utilizado para esse registro - um calendário equinocial - adota que o ano inicia em 21 de março - equinócio de outono, no hemisfério Sul - de conformidade com o nosso calendário convencional, gregoriano. O ano é defasado e contém 4 000 anos além do nosso; Nesse caso houve um erro de 20 dias para menos. (20 de agosto e não 9 de setembro). Essas afirmações pertencem ao historiador maçônico Irm José Castellani.

O Grande Oriente Brasílico foi desmantelado por D Pedro I, aproximadamente, um mês depois desses acontecimentos, em virtude de desavenças entre seus membros, exatamente sobre o modelo que deveria tomar a emancipação do nosso país. Os seguidores maçons do Irm Gonçalves Ledo desejavam o total rompimento com o reino de Portugal. Ao passo que os partidários do Irm José Bonifácio de Andrada e Silva pregavam numa convivência estreita entre os dois países. Não obstante a realeza do Irm Pedro I não era discutida, entre eles que, o aceitavam na frente do governo do Brasil. Tampouco era questionada a Emancipação do País. Incontestavelmente os maçons brasileiros, em atividade, queriam-na, preconizavam-na com todas as forças, porque acreditavam nas suas vantagens e nas suas validades e virtudes para o bem do povo brasileiro. Como tantas outras emancipações, os acontecimentos do dia 7 de setembro de 1822 não se deram isoladamente. Os movimentos de maçons brasileiros visando a libertação do Brasil devem ser relembrados, conjuntamente, nesse dia 20 de agosto, em que se celebra o Dia Nacional do Maçom. Deles devemos nos ufanar muito. A inconfidência Mineira, a Revolução Pernambucana de 1817, a pugna do dia 2 de julho na Bahia.

OS SÍMBOLOS

O dia 20 de agosto deve ser acolhido a título de um princípio incontestável da exigência do Maçom brasileiro, pela libertação de seu povo. Essa data deve ser um símbolo importante para todos nós da Maçonaria Brasileira que adota tantas e tantas outras marcas com faculdades evocativas de força, de poder, de beleza, de lembranças e esperanças.

Como podemos nos manter humildes diante de um santo católico que representa o maçom de qualquer ponto do mundo. O São Francisco de Assis – quando implora ao Grande Arquiteto do Universo que faça da gente um instrumento em Suas Mãos. De paz, amor, fé, esperança, caridade, de luz.

Da mesma forma, certo ou errado, devemos saudar e aclamar José Joaquim da Silva Xavier, o nosso Irm Tiradentes, o símbolo da emancipação brasileira portador de atitudes modelares para todos nós:- De ética, de lealdade, de integridade, de responsabilidade, de respeito a leis e a regulamentos. O Irm que lutou pelos direitos de cidadania, que pregou amor ao trabalho, e superação de si mesmo.

(Texto retirado do Portal Maçônico - Tsmaia- ARLS Jorge Adoum Nº 12 - 18/08/2004)