quarta-feira, outubro 25, 2006

Cantinho da Poesia


O mundo gira,
Me embala
E, no sopro suave do sono,
Vou sendo levado.

Flutuo, giro, rodo,
Como um pião...

Rio, canto, choro,
Como um grande bufão...

A vida me leva,
A vida me enleva,
A vida me trava,
A vida me entrava,
Mas vou seguindo...

Qual vivesse numa grande comédia,
Vou seguindo...
Afinal, não é isso que a vida é?
Um grande e iluminado palco,
Onde os atores decoram direitinho
O seu papel?...

Colocam suas máscaras,
Vestem suas fantasias,
E qual a dona de um bordel,
Riem, riem muito.
Mostram-se alegres, felizes,
Satisfeitos...
Mas o coração,
No peito está a sangrar.

E os atores caminham,
Sorriem, choram...
Abraçam, sofrem, amam...
O público: é toda a humanidade
Os atores: são toda a humanidade
E os atores se revezam
No palco da vida,
Pois o espetáculo não pode parar.

(Irmão Martim)