domingo, novembro 27, 2005

Cantinho da Poesia

A AMPULHETA

A ampulheta da vida
está deixando o tempo escoar.
Esse tempo,
embora lento, vagaroso,
um dia,
irá terminar.

E a ampulheta da vida
será virada para o outro lado,
quando um novo ciclo
reiniciará.

Mas, no momento presente,
vamos procurar explorar,
aproveitar, estudar,
conhecer, compreender
profundamente
a nossa mente.

Vamos transformá-la
de vilã em heroína.
Fazer com que ela
deixe de lado os meandros,
os melindres, os enganos,
e torne-se clara, lúcida,
compreensiva.

Esta mente poderosa,
enganosa,
que nos traz tantos tormentos
e lamentos,
que nos engana
e nos faz sofrer,
pode ser, diametralmente,
modificada.

Para que isso ocorra,
não basta um só viver.
Mas lembrando-se
da ampulheta da vida
que, na verdade,
faz parte de vidas
sem fim,
aproveitar cada minuto,
cada momento,
para clarear, elucidar,
manobrar
esta mente tortuosa.

Dar a esta velha mente
um basta, um fim.
Deixar que das cinzas
renasça uma nova mente,
com o frescor
de um novo ser
que acaba de nascer
para a luta, para a vida,
para o amor.
Cheia de equilíbrio,
de harmonia,
de vontade de aprender,
compreender
e viver.

E ao virar
da ampulheta da vida,
a sua alma surgirá,
renascida,
através de um novo ser
que terá muita,
mas muita alegria,
em poder viver.

(Irmão Kadú)