terça-feira, fevereiro 28, 2006

Cantinho das Músicas


ÊXTASE

(Guilherme Arantes)

Eu nem sonhava te amar desse jeito
hoje nasceu novo sol no meu peito
quero acordar te sentindo ao meu lado
viver o êxtase de ser amado
espero que a música que eu canto agora
possa expressar o meu súbito amor

Com sua ajuda tranqüila e serena
vou aprendendo que amar vale a pena
que essa amizade é tão gratificante
que esse diálogo é muito importante
espero que a música que eu canto agora
possa expressar o meu súbito amor.

Cantinho do Amor



SE EU PUDESSE...
Me transformaria numa suave brisa matinal, para acariciar delicadamente teu rosto.
Quem sabe...
Num forte vento para brincar com teus lindos cabelos.
Ou talvez...
Numa chuva fina para furtivamente percorrer todo teu ser.
Ah! Se eu pudesse.
Se eu pudesse...
Me transformaria num belo sol para acalentar e iluminar teus dias.
Quem sabe...
No ar que te rodeia para inalar o teu cheiro e teu perfume.
Ou talvez...
Numa bruma vespertina para suavemente te abraçar.
Ah! Se eu pudesse.
Se eu pudesse...
Me transformaria numa linda lua cheia para velar e proteger teu sono.
Quem sabe...
Num sonho lindo para inundar de felicidade teu coração.
Ou talvez...
No teu próprio coração para ficar eternamente juntinho de você.
Ah! Se eu pudesse...

(Autor desconhecido)

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Verena^Å^



Eu aprendi que a vida não dá garantias;
dá-me apenas o tempo para fazer minhas escolhas.

(Legrad)

Cantinho do Amor

AMOR À DISTÂNCIA

Distâncias... as circunstâncias podem variar, ora é o mestrado dela, ora o trabalho dele, ora o sonho dela, ora a oportunidade dele... eles se encontram na Web, pelo telefone, no meio do caminho... sim, os jeitos, as cores, os tons mudam, mas cada vez mais casais estão tentando viver seu amor à distância e, sem ser bom nem ruim, isso, é, no entanto, um tremendo desafio...
Leio na Pink, uma revista americana que acaba de ser lançada, cujos temas rodeiam o universo profissional feminino, que de uns anos para cá, o número de mulheres envolvidas em relações à distância só faz aumentar. Hoje, segundo a revista, dois milhões de mulheres americanas vivem relações deste tipo, sendo que a metade delas é casada. Entre 1999 e 2002, 350 mil relacionamentos assumidamente à longa distância vieram perturbar a pachorrenta calma do censo americano... Na França, os “casais que não coabitam” - viram? - já existe até um termo técnico para fazer entrar este tipo de amor no mundo das estatísticas - são cada vez mais comuns e as razões vão desde separações forçadas por motivos profissionais, até casais que realmente preferem se amar, mas não conviver (o que é uma outra história e um outro artigo...).
Nem faz tanto tempo assim, há, digamos, 20 anos, a cena clássica seria: ela ali, de pé, no portão de embarque, despedindo-se dele que parte em busca da promoção em outra cidade ou do mestrado em outro país. Um dia, com certeza, ele viria nos buscar, montado num cavalo branco e lá iríamos nós alegremente cumprir nosso destino feminino e acompanhá-lo rumo ao final feliz e “até que a morte nos separe”... O que foi mesmo que aconteceu?
Nós mudamos, e muito... junto com os sutiãs das primeiras feministas e junto com as infindáveis regras e convenções que pautavam a vida dos nossos pais e avós, nós resolvemos jogar fora também as respostas fáceis, os caminhos já trilhados, as certezas...
Nem é o caso de discutir se tínhamos ou não nos dado conta de que afinal certezas são bem confortáveis, a gente nem precisa pensar muito, tudo está aí dado, a nós cabe apenas cumprir o papel que nos foi designado ao nascer... sociedades e culturas tradicionais funcionam assim, à base de “sempre foi deste jeito”, “é assim que deve ser”, “nós sempre nos comportamos desta forma”, “é assim que fazemos, desde o início dos tempos”.... quando a gente está mergulhado nas crenças coletivas assim de um jeito tão poderoso, as vidas individuais vêm com manual de instruções e todo mundo sempre sabe o que fazer, é como uma dança de roda, dança de todos, com passos marcados pela eternidade e a tradição...
Mudamos, sim, mandamos as regras para o espaço e assim, despidas, “sem lenço nem documento”, feito na música, nos lançamos de cabeça na construção de novas formas de amar. Afinal, por que não? É claro, precisamos ampliar algumas fantasias - dividir uma casinha com jardim é mesmo tãããoo romântico, mas encontros com data marcada, quartos de hotel ou longos e-mails ajudam a criar um clima de aventura que faz muito bem - obrigada - para qualquer relação amorosa... também há que se munir de coragem para improvisar, toneladas de tolerância e de um jeito novo de entender as razões do outro. Adeus papéis, vamos reinventar tudo!
Sobretudo, é bom abrir mão de frases feitas como “ciúme é alimento do amor”, “mulher é isso, homem é aquilo”, “família tem que ser assim ou assado”, na hora H, importante mesmo é conseguir relativizar a ansiedade em relação ao tempo, fazer cada minuto contar por muitos e construir a intimidade da forma possível.
Segundo Gregory Guldner, terapeuta e autor do livro Long Distance Relationships: a complete guide, o grande desafio dos casais que não moram na mesma cidade é esse mesmo: intimidade. Veja os conselhos que ele dá para quem mora longe e, mesmo assim quer ousar viver um grande amor:
Seja otimista. Os estudos mostram que as chances da relação dar certo são mais ou menos as mesmas, de perto ou de longe e os números relacionados à infidelidade também são os mesmos, na prática, isso quer dizer que não acredite quando lhe disserem que “isso nunca vai funcionar”, funciona sim, depende de vocês, mas qualquer relação não depende de nós?
Compartilhe as pequenas coisas. Muitas vezes a gente acha que de longe, só os “grandes temas” merecem ser discutidos. Errado. A intimidade nasce das miudezas do cotidiano. O que você comeu no almoço, o outdoor que viu na rua, o gosto da nova marca de café, tudo isso ajuda a criar e a preservar os vínculos...
Use a abuse da tecnologia. Em tempos de Skype, MSN, fotos digitais pra lá e para cá, blogs e fotologs não dá para reclamar de falta de oportunidade de estar “em contato”. As pesquisas do Dr. Guldner indicam que casais que se escrevem muito tem mais chances de permanecer “ligados”...
Mas cuidado com as armadilhas da voz. Eventualmente, mesmo casais que vivem longe um do outro vão brigar. Nesta hora, lembrem-se que pelo telefone é mais difícil resolver diferenças e as discussões podem terminar numa espécie de “vácuo” de comunicação. Vale aqui o que vale para todos os casais: criem regras para as conversas “sérias”, sejam bem específicos quanto aos combinados e exercitem a tolerância: vale ou não convidar alguém do sexo oposto para jantar? E ir ao cinema? Ter medo de conversar sobre assuntos “ameaçadores” para a relação, como os limites para a infidelidade, por exemplo, pode ser desastroso. O Dr. Guldner adverte que 30% dos casais que colocaram na pauta de discussões as regras fundamentais tiveram problemas, mas 70% dos casais que evitaram estas conversas acabaram se afastando.
Não se isole. Solidão não faz bem e ponto. É justamente nestes momentos que os amigos são mais preciosos. Ninguém quer sair? Vá sozinha, invente pretextos, um curso de culinária tailandesa, trabalhar algumas horas por semana numa creche, assistir todos os filmes que vão concorrer ao Oscar, enfim.... tudo vira motivo de conversa entre vocês e, além disso, ajuda a exorcizar aquelas idéias malvadas que a gente tem quando está com saudades...


(Adília Belotti)

Cantinho das Mensagens

QUANDO A DOR ALHEIA PODE NOS ENSINAR A VIVER MELHOR


Este texto se dirige principalmente para aqueles que estão vivenciando o processo de estar ao lado de uma pessoa morrendo.
Estar perto daqueles que estão gravemente doentes nos deixa muito sensíveis. No entanto, é interessante perceber como podemos ainda assim ser vulneráveis e fortes ao mesmo tempo!
Por exemplo, quando nos sentimos frágeis devido à sensibilidade exaltada, não suportamos mais certas atividades cotidianas. Cada um torna-se menos tolerante em algum setor de sua vida. Pessoalmente, quando estou tomada pelo ambiente de um paciente que está falecendo, tenho menos tolerância para música alta, estar entre muitas pessoas ou até mesmo perder tempo com conversas fúteis.
Testemunhar a dor física e emocional do processo de morte catalisa o desejo de lapidar nossa mente. Afinal, o que é de fato importante, torna-se mais evidente. Neste sentido, a morte coloca a vida em perspectiva.
Quanto mais nos aproximamos da dor alheia, mais nos tornamos sensíveis à nossa própria dor. O estado silencioso e introspectivo daqueles que estão morrendo nos leva a escutar melhor nossa própria voz interior. Uma vez que estamos menos ativos fisicamente, nos tornamos mais receptivos às nossas próprias emoções.
Ao passo que mergulhamos num processo introspectivo, surge em nós uma nova sensação de coragem: um desejo autêntico de nos abrirmos para um mundo desconhecido, que provavelmente antes nos parecia distante ou ameaçador.
Assim como no processo da morte, à medida que a mente se desconecta do mundo externo, a consciência dos estados internos aumenta. Aliás, esta é a tarefa mais importante daqueles que estão falecendo: conectarem-se com eles próprios. Afinal, quando estamos morrendo não podemos mais contar nem mesmo com o apoio de nosso próprio corpo.
Enquanto estamos saudáveis e cheios de vida, ainda podemos explorar o mundo externo para conhecer o mundo interno, mas quando não podemos mais nos mover, temos que aprender a contar apenas com nosso mundo interno. Por isso, estar ao lado de uma pessoa nessas condições nos leva a valorizar nossas próprias condições físicas e mentais.
Os mestres budistas nos estimulam a compreender que o que estamos procurando fora de nós já está em nosso interior. Neste sentido, procurar a paz fora de nós só pode nos levar para mais longe dela. É como se nos desesperássemos para chegar a algum lugar, quando não há lugar nenhum para ir. A morte nos leva a parar para reconhecer que atingimos nosso ponto de chegada. Mas, quanto menos formos treinados a comemorar nossas conquistas, mais dificuldades teremos em aceitar que estamos quites com a vida, que cumprimos nossa missão.
Outras vezes, testemunhar a morte nos faz sentir tão cansados que não temos mais energia nem para refletir, sentir ou sequer rezar. Como um mecanismo de proteção à dor intensa, nos tornamos insensíveis e apáticos. A vida torna-se mecânica: agimos sem emoção, como robôs programados. Nesse ponto devemos nos cuidar, pois um mecanismo de defesa não pode tornar-se crônico.
Temos, então, que descansar: afastar-nos por um período da situação que está nos estressando até recuperar a disponibilidade de permanecer ao lado da pessoa doente novamente. Um distanciamento saudável é necessário para mantermos um relacionamento positivo com quem está falecendo. Muitas vezes, só quando nos distanciamos por um período é que recuperamos a abertura e disponibilidade interna para encararmos a dor alheia. Aliás, quando estamos sobrecarregados emocionalmente, tornamo-nos uma carga pesada justamente para aqueles que queremos ajudar.
Nesses momentos, precisamos nos lembrar que não há ninguém completamente pronto para dar todos os cuidados necessários àquele que está falecendo. Quando decidimos recuperar nossa energia é um sinal de que estamos dispostos a mudar. Agindo assim, nos desapegamos de algo que nos impedia de seguir em frente e despertamos esperança e bem-estar, tanto em nós mesmos quanto naqueles que estão perto de nós.

(Bel César)

Cantinho Espírita


A mediocridade é inerente a todo ser humano. Seríamos cegos e tolos, surdos e mudos se acreditássemos que nós não, que nós não somos medíocres.
Achamos ser tolo, ser pobre de espírito, de mente, de saber, de conhecer, aquele pobre em bens materiais que não teve condições, nem chances para adquirir conhecimentos.
Mas que conhecimentos? Português, história, geografia, matemática? Esses conhecimentos são realmente muito úteis nesse mundo em que vocês estão, mas o que dizer do conhecimento que adquirimos ou que deveríamos adquirir da alma humana, do amor fraterno, do amor filial, da piedade, da ternura, da candura, da docilidade. A esses não damos a mínima importância e quando conhecemos alguém que possua alguns deles, somente alguns, o tachamos de "tolo", de "bobo". Sempre julgamos as pessoas pelo seu poder aquisitivo, pelo seu poder perante a sociedade. Aqueles mais humildes, menos favorecidos monetariamente, sequer os olhamos pela segunda vez. Vocês já repararam que quanto mais humildes os seres humanos, mais solidários, mais amigos, mais "humanos" eles são?
Não. Não repararam! Afinal, no mundo em que vocês vivem o que vale é a "lei da selva", a lei do mais forte e, para vocês, o mais forte é quem tem o dinheiro, o poder; sequer se interessam em saber qual é o seu verdadeiro interior, bastam as aparências. Às vezes esse exterior tão bem tratado, tão bem vestido, tão gentil, tão educado, abriga uma alma que na verdade está só disfarçada de "anjo", de pessoa de bem.
Costumamos julgar as pessoas pelo seu exterior e é aí que cometemos uma enormidade de erros. Não se apressem em seus julgamentos, procurem analisá-las por sua bondade, pela doçura de sua alma, de seu coração. Não o façam somente pelo seu exterior, este não quer dizer absolutamente nada, este é somente um envoltório, portanto não sejam precipitados em seus julgamentos; procurem conhecer, antes de julgar, o verdadeiro interior daquele com quem vocês estão ou estarão.
Boa noite, muito obrigada,

(Irmã Camila)

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Cantinho do Amor

DESPRENDA-SE...
DE UM AMOR MORTO, PARA SALVAR A SUA
CAPACIDADE DE AMAR!

Todos meus amigos sabem que sou defensor absoluto do coração aberto e disponível para o amor. E apesar deste título e de tudo o que escreverei aqui, minha opinião continua a mesma...
No entanto, preciso reconhecer que em determinados momentos de nossas vidas, o melhor é fechar o coração para um balanço geral.
Quando nos entregamos ao amor de forma inteira e irrestrita, experimentamos algumas das mais profundas sensações, desde as mais sublimes e maravilhosas, até as mais duras e dolorosas... Entramos em contato com sentimentos novos e difíceis e temos de aprender a lidar com o inexplicável, o humanamente inexplicável...
Tudo isso já seria o suficiente para compreendermos o risco que corremos, mas ainda existe mais um fator a ser considerado: o outro, a pessoa amada! Se já é tão difícil entendermos nosso próprio coração, imaginem o coração do outro...
Cada pessoa está no seu próprio caminho, caminhando num ritmo particular, carregando seus próprios medos e somente cada um de nós pode saber o quanto realmente está de coração aberto, o quanto está disposto a superar os obstáculos e ir adiante... ou não!
E é exatamente por sermos indivíduos, singulares, ímpares e essencialmente solitários, que o amor se torna um grande desafio, talvez o maior de todos! Porque não há nada mais delicado e sensível e, ao mesmo tempo, forte e avassalador do que dois corações tomados de amor; de um amor que só cresce e só perdura se os dois conseguirem sincronizar seus ideais, acolher seus medos e aprender com a dor...
Diante de tamanha aventura, acredito que esta seja a engrenagem do amor, a "máquina" que o faz girar... ou parar!
Porém, ainda mais difícil que conseguir manter dois corações num mesmo ritmo, em sintonia, creio que seja conseguir fazer essa engrenagem parar de forma sincronizada.
Geralmente, quando um pára, o outro ainda continua e o estrago pode ser muito grande. Por isso, quando amamos uma pessoa, precisamos ser responsáveis até mesmo no momento em que deixamos de amá-la, pois somente assim o que foi vivido fará sentido, terá valido!
Terminar um relacionamento é como morrer, mas sempre, sempre com a certeza de que é possível renascer... mais maduro, mais preparado e mais forte. Porque morre a flor, mas jamais a semente! Morre o amor, mas jamais a capacidade de amar! Mas como suportar a dor de morrer? Como superar a angústia e o desespero de se ver morrendo? Simplesmente morrendo... esvaziando-se, entregando-se e aceitando a morte! Quanto mais resistimos, quanto mais tentamos nos agarrar à flor morta, mais sofremos e mais tempo doemos e mais prolongada se torna a morte inevitável!
Se o seu coração ama, mas não é correspondido, então não há o que amar. Amor só existe se compartilhado e trocado. Amor sozinho não é amor, é apego à uma flor morta!
Renda-se, entregue-se, solte-se no abismo da tristeza e da morte, por mais medo que isso possa lhe causar. Porque a possibilidade de renascer está, com certeza, depois do abismo!
Recebo muitas mensagens de pessoas amigas e amigos que estão presos às suas flores mortas há anos, enterradas num sofrimento absurdo, que eu mesmo já provei....
Sem saberem o que fazer para saírem dessa dor, para vislumbrarem uma nova oportunidade de amor...
Há pouco, acho que descobri a resposta...
Pelo menos a minha resposta: Solte-se, desprenda-se da flor morta. Esqueça a flor. Você é a semente, e é na semente que está a capacidade de amar.
Quando você soltar a flor morta, dará, enfim, espaço para que outra surja, para que um novo amor nasça! Porque por mais linda que tenha sido a sua história de amor, no momento em que um coração pára, não há mais o que fazer... o amor morreu! E se você não o enterrar, se ficar preso, agarrado ao amor morto, terá condenado à morte também a sua capacidade de amar... Nasçamos de novo!

(Autor desconhecido)

Cantinho Espírita

MELANCOLIA

Quanto sofres, por problemas que tantas e tantas vezes tu mesmo criaste.
Quanto sofres, por não dobrares teu espírito diante dos vícios que te circundam.
Quanto sofres, por não compreenderes o quanto te é dado e o quão pouco uso fazes destes bens para a tua própria evolução.
Quando aprenderás a direcionar os teus passos para longe das teias da dor, da melancolia, da tristeza e da amargura?
Por que entorpeces teu corpo com sentimentos que nenhuma evolução te trazem e que, num futuro próximo, poderão converter-se em males físicos?
Surpresas? Não, meus irmãos. A maioria das tuas dores crônicas está enraizada na concentração exagerada em sentimentos impróprios, não resolvidos no passado.
Acredita, em nada te ajudará manter dentro do teu ser, a tristeza e a melancolia.
Os problemas que passas agora, deverão ser sempre alavancas propulsoras de teu crescimento, de tua evolução espiritual. E não servir como suporte, para abrigares o teu pranto.
Quando compreenderás que deverás sempre avaliar e analisar as dificuldades pelas quais tu passas? Tudo que vivenciamos tem um significado...
Nenhuma dor ou mal nos é legado ao bel prazer de Deus.
Colhemos o que plantamos.
Então, antes de chorares ou de lamentares, avalia o teu plantio.
Vê como ele foi executado e depois compreende e, acima de tudo, aceita a colheita que te é de direito.
Vamos, ombros para abafar tuas lágrimas de nada te servirão.
A verdade é de cada um. O problema é de cada um, e portanto, não delegue ao teu próximo o que deverá ser resolvido por ti.
Aprende a deixar de lado todo o melindre, o orgulho e a vaidade e vai ao encontro das tuas verdades. Assim, mais cedo deixarás de chorar.
Mais cedo, encontrarás tua paz, teu equilíbrio e, conseqüentemente, tua saúde física e espiritual.
Paz e alegria a todos.

(Irmão Rafael)

Cantinho de Auto Ajuda

PROBLEMAS DO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE



Na mediunidade, conforme os espíritas já sabem, não é uma “coisa” inventada pelo Espiritismo, muito menos propriedade espírita. Ela é uma faculdade humana, presente com menor ou maior intensidade em cada pessoa, com mais intensidade em algumas e noutras de forma bem imperceptível.

É por isto que a nossa obra básica afirma que todos somos “mais ou menos médiuns”.

Mas ninguém estuda mais essa “coisa” do que o Espiritismo. Temos um livro voltado a tratar do assunto em nossa obra básica, que é “O Livro dos Médiuns”, além de vários outros livros que fazem parte desta imensa biblioteca disponível aos espíritas, umas psicografadas e outras escritas pela cabeça e a experiência de encarnados mesmo.

Por que o autor desta matéria fala em problemas do exercício da mediunidade?

Porque de fato a prática mediúnica enfrenta problemas demais, os homens não se beneficiam dos ensinamentos, alertas e instruções que lhes poderiam ser passados, através da mediunidade, inclusive muitos desencarnados não conseguem vir ao centro espírita obter esclarecimentos sobre a sua condição, tudo isto por causa dos problemas causados por nós mesmos, espíritas.

Vejamos só quanta dificuldade.

A primeira delas remonta a uma das recomendações contidas nas próprias obras básicas, que diz: “É preferível recusarmos nove verdades a aceitarmos uma mentira”.

Este é um ensinamento verdadeiro, doutrinariamente falando, e não se constitui naquilo que eu chamo de “coisa da cabeça de determinados dirigentes que querem fazer espiritismo à sua moda”.

Acontece que este ensinamento, que é enquadrado mais como um alerta, foi colocado na obra com um objetivo, mas os espíritas, em “exageramento” de dosagem, terminam utilizando-o para restringir ao máximo o exercício da mediunidade, o que constrange por demais os médiuns, até mesmo os sérios, quanto a sua prática.

Há outro problema: Ensinam-nos que o Espiritismo passará por várias fases: A primeira seria a da curiosidade, onde o fenômeno será a principal atração, quando esse fenômeno é o nome que dão à prática da mediunidade; depois viria uma fase onde o estudo seria o mais importante até atingirmos uma outra fase que seria a da reforma íntima, com base nos princípios espíritas.

Pois bem. Por causa disto, grande parte da liderança espírita acha que já passamos da tal “fase do fenômeno” e, em decorrência disto, restringem veementemente a prática da mediunidade e hoje encontramos aí muitos centros espíritas sem qualquer atividade mediúnica e outros, quando têm, restringem-se a uma meia dúzia de pessoas, uma vez só por semana, como sempre com aquelas caras fechadas, (dizem que é “seriedade”), parecendo que ta todo mundo em um velório à moda antiga, porque nos dias atuais nem nos velórios encontramos tanta sisudez.

O outro grande problema que encontramos é um que, ao meu ver, representa o maior obstáculo: o problema da tal “humirdade”, que é a humildade equivocada.

Tem vários exemplos disto:

Em um determinado centro espírita, lá numa cidade bem pequenininha, interiorana do Ceará, da Bahia, Maranhão, Goiás... com poucos trabalhadores, tem a reunião mediúnica dirigida pelo seu Otacílio, com as médiuns Dona Zezé, Dona Maria e o Walter. Tem mais cinco pessoas, a Sofia, o Orlando e a Cotinha, que são doutrinadores e mais a dona Rosa e o Tatá que ficam fazendo preces e vibrando.

A Dona Zezé e o Walter só recebem espíritos sofredores, a Dona Maria recebe o mentor da casa e outros espíritos que “dão conselhos”.

Ai da Dona Maria se atrever-se a abrir a boca, ou pelo menos insinuar, que vai dar passagem ao Dr. Bezerra, a Joanna de Angelis ou a um desses outros espíritos “medalhões” do movimento espírita!!!!

Estará frita na língua da turma.

Eu já disse, em um outro artigo, que, em conversa com um desses espíritos de “primeira linha”, foi-lhe feita a seguinte pergunta:

- “Fulana, por que espíritos como o Lèon Denis, Gabriel Dellane, Flamarion, Lombroso, Amélie Boudet, Emmanuel, Humberto de Campos, Dr. Bezerra, você mesma e outros desses mais famosos no movimento espírita, não dão comunicações através de médiuns de centros espíritas modestos, pequenos, das cidades menos expressivas, lá pelos interiores dos Estados?”.

Respondeu o espírito:

- “Porque os espíritas não deixam. Criou-se uma concepção que eu, por exemplo, tenho contrato de exclusividade com o médium XXXX, que só comunico-me através dele, ninguém mais além dele. É fato que tenho uma grande simpatia por ele, os nossos laços afetivos não se restringem a esta vivência, vêm de muitos séculos, mas eu gostaria muito de poder contribuir mais com a minha singela experiência no maior número possível de centros espíritas.”

De fato é assim mesmo.

Imagine no centro espírita onde você trabalha, de repente aparece a Dona Maria, mulher pobre, esposa de Donga, motorista de caminhão, dizendo que vai dar “passagem” ao Dr. Bezerra, à Joanna, ao André Luiz... você já imaginou?

O dirigente vai logo convidá-la à vigilância e a prece, interrompendo qualquer concentração. A danada da humildade mal interpretada é um problema.

Por que não deixam o espírito se comunicar?

Se é recomendado que a autenticidade de uma mensagem mediúnica se mede pelo conteúdo, por que não deixam a comunicação acontecer, para depois analisar o que veio?

Se o conteúdo é mesmo André Luiz, Emmanuel, Joanna, Barsanulfo, Denis, Flamarion, Juscelino Kubistcheck ou seja lá quem for, conforme se apresentar o espírito, e tratar-se de uma mensagem edificante, tudo bem, mas se não for... pelo amor de Deus, não precisa sacrificar o médium e muito menos mandar para a fogueira da inquisição!!!!!!!!

Tem também o aspecto do: “Os espíritos verdadeiramente evoluídos não tem necessidades de se identificarem”.

Já ouvi isto, sei disto e todo espírita que estuda também sabe. Todavia, em nome da segurança doutrinária, perguntemos:

Isto é uma ordem? É uma lei imutável? É uma determinação Divina?

Se estou participando de uma reunião mediúnica, num ambiente onde todas as pessoas são espíritas autênticas, doutrinariamente seguras e conscientes, um espírito se vê diante de uma necessidade de nos trazer uma comunicação e identificar-se por razões que tem a ver com o contexto do assunto comunicado, não vai poder?

Se for um espírito desses que foram ilustres e celebridades na Terra, eu, o médium ou a direção da casa vamos ficar vaidosos e todos “metidos a besta”, só porque o nosso centro foi visitado por ele?

Creio que está na hora de nós espíritas repensarmos esta questão.

Todos sabemos que, de fato, existem espiriteiros por aí que adoram dizer que recebem espíritos de celebridades da Terra: Elis Regina, Juscelino, Ayrton Senna, Clara Nunes, Getúlio Vargas, Mário Covas... só nomes famosos. Só que, por causa desses exageros, generaliza-se tudo e ninguém pode ao menos afirmar que, pela vidência, está registrando a presença de um famoso na casa. Ainda mais receber uma mensagem de um desses. É ou não é um exagero?

Tem outro detalhe, também, que causa um problemão para a mediunidade:

Você sabia que em nosso movimento espírita, têm espíritas, considerados de primeira linha, que se acham com autoridade de dizerem que o próprio Divaldo Franco não é médium?

Por incrível que pareça, isto existe. Tem um que eu conheço muito bem, famoso em todo o Brasil, depois de uma participação em meu programa de televisão, com livros escritos e tudo, que afirma isto.

Agora vejam bem:

Se o Divaldo não for médium, com certeza ele só pode ser um gênio, de uma inteligência extraordinária, já que para escrever aquela quantidade de livros, com todo aquele conteúdo, em variados estilos, obras admiradas e respeitadas por milhares de pessoas, vendidos aos milhões pelo Brasil e por vários países, já que muitos foram traduzidos para vários idiomas, só pode ser uma expressão de genialidade do mais alto grau.

Se dizem isto do Divaldo, imaginem o que não dizem da Dona Maria, do Walter e da dona Zezé, que não têm a fama que ele tem.

Creio que você sabe que existe o universo de “espíritas”, dos tipos “chiquistas” (apaixonados por Chico Xavier), “divaldistas” (apaixonados pelo Divaldo), “medradistas” (apaixonados pelo Medrado) e outros “istas”. Mas deixe-me falar sobre os três primeiros.

Alguns “chiquistas roxos” não gostam do Divaldo e chegam a dizer que ele não é médium, que as mensagens do Dr. Bezerra, recebidas por ele, não são autênticas e que só as recebidas pelo Chico são; do mesmo jeito acontecem com alguns “divaldistas roxos” que dizem que as mensagens do Dr. Bezerra recebidas pelo Medrado não são autênticas e que só as do Di são... e por aí vai.

Tem um cidadão, muito conhecido no movimento espírita brasileiro, que diz que somente ele recebe músicas mediúnicas de nomes famosos da MPB, tipo Ataulfo, Pixinguinha, Noel etc. Todos os outros são considerados, por ele, com fraudadores.

Baixam o cacete no Carlos Bacelli (no momento, ele é a bola da vez), no Ariston, no Celso, no Frederico Menezes, no Robson Pinheiro, na Marilusa... Afinal de contas, você conhece algum médium, no respeitável movimento espírita, que é aceito por todos os espíritas? Conhece algum que não entra no malho?

A Dona Yvone do Amaral Pereira também sofreu muito na língua dos espíritas; Peixotinho, Ranieri, Jerônimo Mendonça, Waldo Vieira, Zilda Gama, Dona Zíbia, nos dias atuais... enfim, não conheço um, sequer, que não tenha recebido pedradas.

Se nenhum médium presta, então a mediunidade não é verdadeira; se nenhuma mediunidade é verdadeira, que sentido tem então o Espiritismo, que foi trazido ao mundo através da mediunidade?

Será que somente a Ermance Dufaux e as irmãs Baudin foram médiuns?

Será que apenas nas residências de Madame Plenameison, do Senhor Fortier e nos centros dirigidos pelos espíritas críticos aconteceram e acontecem reuniões mediúnicas sérias?

Há muito patrulhamento em cima da mediunidade, há muita perseguição e muita pressão em cima dela. Querem dizer que isto ocorre em nome da “prudência”, mas não é não. O Torquemada também dizia que as torturas e os assassinados da inquisição aconteciam em nome da pureza doutrinária da igreja.

Temos que zelar, sim, pela coerência da nossa doutrina; temos que ter cuidado, sim, em analisar com critério, responsabilidade, bom senso e seriedade todas as manifestações mediúnicas; mas descartar o trabalho dos outros, questionar a mediunidade de uma pessoa, sem a indispensável disponibilidade para análises profundas, por “falta de tempo”, má vontade ou ânimo, é no mínimo uma irresponsabilidade para com a doutrina Espírita.

E continuemos a praticar o Espiritismo sem os Espíritos, que veremos qual será o destino dele. Leon Denis já nos alertou muito bem acerca do seu futuro. Ele sabia muito bem porque estava dizendo aquilo.

Para apreciação de todos, ou seja, dos que têm bom senso.

Alamar Régis Carvalho
alamar@redevisao.net

Cantinho das Mensagens

MOTIVOS DE FELICIDADE

Um ancião estuava de alegria, à margem do caminho, e cantava um hino de louvor à vida.
Um passante pessimista, magoado com tanto júbilo, indagou-lhe agressivo:
-Por que tal felicidade? Será porque a morte já te espreita?
-Não é por isso: mas por três outros motivos – respondeu o idoso -. Primeiro, porque num Universo onde a vida estua, só o homem pensa e eu sou um homem. Segundo, porque a dúvida, que a tantos atormenta, não encontra agasalho em mim: sou um homem de fé. E, por fim, porque todos sabemos que o corpo é de breve duração eu sou um homem que tem vivido muito. A morte, que a todos espreita em todas as idades, ainda não se recordou de mim; quando, porém, chegar, será muito bem recebida.
“Não tenho razão para ser feliz?”

(Divaldo Pereira Franco – Pelo espírito Eros)

Verena^Å^

TRISTEZA PREMIADA

A fotografia do canadense Finbarr O’Reilly, da Reuters, mostrando a mão de um bebê pressionando os lábios de sua mãe, ganhou o prêmio de Foto do Ano do World Press 2005, entre 83.044 concorrentes. O flagrante foi registrado em Tahoua, no Níger, durante uma grave crise de fome no país, que deixou milhões de pessoas sem comida.

(Texto retirado do Jornal A TARDE 11/12/2006)

Verena^Å^


Eu aprendi que ninguém é insubstituível,
mas não existem duas pessoas iguais.
(Legrad)

Cantinho das Músicas

É ISSO AÍ
Ana Carolina/ Seu Jorge

É isso aí
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar

É isso aí
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar