quarta-feira, outubro 25, 2006

Cantinho das Músicas

O SOL
Jota Quest
Composição: Antônio Júlio Nastácia

Hey!!!Dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou

Hey!!!Dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá vou
É pra lá que eu vou

Yeah
Caminho do sol baby
Lalalalala
Caminho do sol baby

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
Lalalalalalala
É pra lá que eu vou
Lalaralara
Onde tenha sol, é pra lá que eu vou

Cantinho dos Estudos

PASSES – 1ª Parte

O socorro, através de passes, aos que sofrem do corpo e da alma, é instituição de alcance fraternal que remonta aos mais recuados tempos.

O Novo Testamento, para referir-nos apenas ao movimento evangélico, é valioso repositório de fatos nos quais Jesus e os apóstolos aparecem dispensando, pela imposição das mãos ou pelo influxo da palavra, recursos magnéticos curadores.

Nos tempos atuais tem cabido ao Espiritismo, na sua feição de Consolador Prometido, conservar e difundir largamente essa modalidade de socorro espiritual, embora as crônicas registrem semelhante atividade no seio da própria Igreja, através de virtuosos sacerdotes.

Os centros espíritas convertem-se, assim, numa espécie de refúgio para aqueles que não encontram na terapêutica da Terra o almejado lenitivo para os seus males físicos e mentais.

André Luiz não esqueceu de, no seu livro, preparar interessante capitulo, a que denominou «Serviço de passes», no qual se nos deparam oportunos e sábios esclarecimentos quanto à conduta do passista e daquele que procura beneficiar-se com o socorro magnético.

Neste capítulo, referir-nos-emos ao trabalho do médium passista, ou seja, aos requisitos indispensáveis aos que neste setor colaboram.

Existem dois tipos de passes, assim discriminados:

Passe ministrado com os recursos magnéticos do próprio médium;
Passe ministrado com recursos magnéticos hauridos, no momento, do Plano Divino.
Convém lembrarmos que, em qualquer dessas modalidades, o passe procede sempre de Deus.

Esta certeza deve contribuir para que o médium seja uma criatura humilde, cultivando sempre a idéia de que é um simples intermediário do Supremo Poder, não lhe sendo licito, portanto, atribuir a si mesmo qualquer mérito no trabalho.

Qualquer expressão de vaidade, além de constituir insensatez, significará começo de queda.

Além da humildade, deve o passista cultivar as seguintes qualidades:

Boa vontade e fé;
Prece e mente pura;
Elevação de sentimentos e amor.
Àquele que mais tem, mais lhe será dado», afirmou Jesus.

Nas palavras do Senhor encontramos valioso estimulo a todos os continuadores de sua obra, inclusive aos que viriam depois, à conquista dos bens divinos, a se expressarem pela multiplicação dos recursos de ajudar e servir em seu nome.

As qualidades ora enumeradas constituem fatores positivos para o médium passista.

A prece, especialmente, representa elemento indispensável para que a alma do passista estabeleça comunhão direta com as forças do Bem, favorecendo, assim, a canalização, através da mente, dos recursos magnéticos das esferas elevadas.

A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai.

Por ela, consegue o passista duas coisas importantes e que asseguram o êxito de sua tarefa:

Expulsar do próprio mundo interior os som brios pensamentos remanescentes da atividade comum, durante o dia de lutas materiais;
Sorver do plano espiritual as substâncias renovadoras de que se repleta, a fim de conseguir operar com eficiência, a favor do próximo.
Através dessa preparação em que , para, limpo, melhor servir, consegue o médium, simultaneamente, ajudar e ser ajudado.

Receber e dar ao mesmo tempo.

Quanto mais se renova para o Bem, quanto mais se moraliza e se engrandece, espiritualizando-se, maiores possibilidades de servir adquire o companheiro que serve ao Espiritismo Cristão no setor de passes.

A renovação mental é como se fosse um processo de desobstrução de um canal comum, a fim de que, por ele, fluam incessantemente as águas.

A nossa mente é um canal.

Mente purificada é canal desobstruído. Mencionados os fatores positivos, é mister enumeremos, agora, os negativos.

Relacionemos, assim, aqueles que reduzem as possibilidades do seareiro invigilante.

Especifiquemos as qualidades que lhe não permitem dar quanto e como devia.

Ei-las, em síntese:

Mágoas excessivas e paixões;
Alimentos inadequados e alcoólicos;
Desequilíbrio nervoso e inquietude.
Sendo o passista, naturalmente, um medianeiro da Espiritualidade Superior, deve cuidar da sua saúde física e mental.

Alimentação excessiva favorece a vampirização da criatura por entidades infelizes, o mesmo ocorrendo com os alcoólicos em demasia.

O equilíbrio do sistema nervoso e a ausência de paixões obsidentes propiciam um estado receptivo favorável à transmissão do passe.

Não podemos esquecer que o passe é «transfusão de energias psicofísicas.

E o veículo dessa transfusão deve, sem dúvida, ser bem cuidado.

Aconselha Emmanuel que a higiene, a temperança, a medicina preventiva e a disciplina jamais deverão ser esquecidas.

Adverte, ainda, que tudo na vida é afinidade e comunhão sob as leis magnéticas que lhe presidem os fenômenos e

Doentes afinam-se com doentes.

O médium receberá sempre de acordo com as atitudes que adotar perante a vida.>

Naturalmente nenhum de nós, nem passista algum, terá a pretensão de obter, nos serviços a que se consagra, os sublimes resultados alcançados por Jesus, em todos os lances do seu apostolado de luz, e pelos apóstolos em numerosas ocasiões; entretanto, educar-nos mentalmente e curar-nos fisicamente, a fim de melhor podermos servir ao próximo, afiguram-se-nos impositivos a que nos não devemos subtrair.

O médium precisa afeiçoar-se à instrução, ao conhecimento, ao preparo e ê melhoria de si mesmo, a fim de filtrar para a vida e para os homens o que signifique luz e paz.

Não devemos concluir o presente capitulo, dedicado de coração aos passistas do nosso abençoado movimento espiritista, sem que lembremos outros requisitos não menos importantes para os que operam no setor de passes em instituições.

São os seguintes:

Horário
Confiança
Harmonia interior
Respeito.
O problema da pontualidade é fundamental em qualquer atividade humana, mormente se essa atividade se relaciona e se desenvolve em função e na dependência da Esfera Espiritual.

Nem um minuto a mais, nem a menos, para início dos trabalhos.

Recordemos que os supervisores de centros e de grupos mediúnicos não esperam, indefinidamente, que, com a nossa clássica displicência, resolvamos iniciar as tarefas.

Se insistimos na indisciplina, eles passarão adiante à procura de núcleos e companheiros que tenham em melhor apreço a noção de responsabilidade

O passista que não confia no Alto limita, também, a sua capacidade receptiva.

Fecha as portas da , obstando o acesso dos recursos magnéticos.

Secundando a confiança, o fator harmonia interior se apresenta também imprescindível a um excelente processo de filtragem dos fluidos salutares.

E, por fim, o respeito ante a tarefa assistencial que se realiza através do passe.

Respeito ao Pai Celestial, aos instrutores espirituais e àqueles que lhe buscam o concurso.

Pontualidade, confiança, harmonia interior e respeito são, evidentemente, virtudes ou qualidades de que não pode prescindir o médium passista.

(Estudando a Mediunidade - Martins Peralva)

Cantinho dos Amigos

MOCIDADE E VELHICE

"O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro." - André Luiz

Infância, juventude, madureza e velhice são simples fases da experiência material.

A vida é essência divina e a juventude é seiva eterna do espírito imperecível.

Mocidade da alma é condição de todas as criaturas que receberam com a existência o aprendizado sublime, em favor da iluminação de si mesmas e que acolheram no trabalho incessante do bem o melhor programa de engrandecimento e ascensão da personalidade.

A velhice, pois, como índice de senilidade improdutiva ou enfermiça, constitui, portanto, penas um estado provisório da mente que desistiu de aprender e de progredir nos quadros de luta redentora e santificante que o mundo nos oferece.

Nesse sentido, há jovens no corpo físico que revelam avançadas características de senectude, pela ociosidade e rebeldia a que se confinam, e velhos na indumentária carnal que ressurgem sempre à maneira de moços invulneráveis, clareando as tarefas de todos pelo entusiasmo e bondade, valor e alegria com que sabem fortalecer os semelhantes na jornada para a frente.

Se a individualidade e o caráter não dependem da roupa com que o homem se apresenta na vida social, a varonilidade juvenil e o bom ânimo não se acham escravizados à roupagem transitória.

O jovem de hoje, pelas determinações biológicas do Planeta, será o velho de amanhã; e o ancião de agora, pela lei sublime da reencarnação, será o moço do futuro.

Lembramo-nos, porém, de que a Vida é imortal, de que o Espiritismo é escola ascendente de progresso e sublimação, de que o Evangelho é luz eterna, em torno da qual nos cabe dever de estruturar as nossas asas de Sabedoria e de Amor e, num abraço compreensivo de verdadeira fraternidade, no círculo das esperanças, dificuldades e aspirações que nos identificam uns com os outros, continuemos trabalhando.

(André Luiz - Do livro "Correio Fraterno", Francisco Cândido Xavier)

(Mensagem enviada pela amiga Sylvia)

Cantinho do Amor

PARE DE FALAR A LÍNGUA DO CONTRÁRIO!

Você já reparou que quando a gente gosta muito de uma pessoa costuma usar um modo estranho de expressar os sentimentos? Parece que, de repente, a gente começa a falar a “língua do contrário”.

Creio que esta mania vem de uma crença alimentada há muito tempo: a de que devemos parecer ambíguos no amor, a fim de que o outro nunca se sinta seguro. A regra é mais ou menos assim: não mostre o quanto gosta do outro senão ele vai abusar de seus sentimentos e brincar com seu coração.

Assim, morrendo de medo de nos machucarmos, vamos agindo e, especialmente, verbalizando o que desejamos e o que esperamos do outro através de colocações muitas vezes contraditórias. Supomos ainda que o outro deva saber ler nosso coração e satisfazer nossas expectativas sem que precisemos ser claros, transparentes.

Insistimos em acreditar que o jogo precisa ser mantido e, assim, de equívoco em equívoco, vamos minando nossa relação sem nunca dizermos exatamente o que estamos sentindo – sem ruídos, sem estratégias.

Mas será mesmo que é melhor fingir e economizar afeto? Será mesmo que não demonstrar mais amor é garantia de ser mais amado? Será que quanto menos o outro se sentir correspondido mais vai gostar da gente? Isso tudo não lhe parece coisa de gente maluca? Não lhe parece demandar muito mais energia e causar muito mais desgaste?

É verdade que ao se expressar com fidelidade, falando sobre o que sente, do jeito que sente e na intensidade que sente significa se expor e correr o risco de não ser correspondido ou – pior! – de se ferir. Mas somente assim pode valer a pena porque somente assim terá sido verdadeiro.

De que adianta fazer como na música “Evidências”, de Roberta Miranda: “Quando digo que deixei de te amar, é porque eu te amo. Quando digo que não quero mais você, é porque eu te quero (...)”?!? Na música ainda há a confissão, mas em geral, o que vemos são pessoas usando expressões mais para agressivas do que para amorosas só para não evidenciarem o quanto estão apaixonadas e o quão intensamente desejam viver a relação.

Entregam-se pelo ego, como se disputassem quem vai conseguir esconder por mais tempo o que sente, como se esta fosse a grande vantagem do amor. Talvez, como na música, justifiquem: “Eu tenho medo de te dar meu coração e confessar que eu estou em tuas mãos, mas não posso imaginar o que vai ser de mim se eu te perder um dia (...)”.

E fica a questão: será que não entregar o seu coração ao outro já não significa perder de fato? Ou melhor, já não significa nunca tê-lo tido de verdade? Afinal, o ganho no amor só acontece na troca, na reciprocidade.

Quando a entrega acontece pelo coração, a verdade prevalece: “Mas pra que viver fingindo se eu não posso enganar meu coração. Eu sei que te amo. Chega de mentiras, de negar o meu desejo, eu te quero mais que tudo, eu preciso do seu beijo (...)”

Esta é minha sugestão: pare de complicar e usar a “língua do contrário”! Saiba que se, por acaso, ela funcionar, é porque a relação não está madura, não há espaço para a confiança, o respeito e a liberdade de expressão sem que haja o risco de ser ferido deliberadamente.

Seja claro. Seja evidente. Seja todo coração... para que o amor possa ser, enfim, não um jogo, mas uma gostosa evidência!

(Rosana Braga)

Cantinho de Auto Ajuda


SONHE E VENÇA
"Não tenha medo de dar um grande passo quando for necessário.
É impossível cruzar um abismo com dois ou mais pequenos saltos" .
(David Lloyd George)
Você certamente sente, ou já sentiu medo de alguma coisa?
Vamos encarar a situação com naturalidade.
Afinal de contas o medo pode ser saudável, quando nos ajuda preservar a vida.

Mas, muitas situações nos expõem á sensação de medo.
Um clima de competição no mundo profissional.
O medo do novo.
Medo das pessoas.
Medo de fracassar.
Medo do desconhecido.

E até onde, o medo é a grande desculpa para não tentarmos?
Pois é certo que, de cada dez desculpas que você ouve, nove têm uma grande razão:
O MEDO, que é um veneno paralisante, terrível!

O medo paralisa, consome todas as nossas energias, descarrega a bateria, desgasta e, mesmo quando você faz algo que gosta muito, você sempre se perturbará com o medo de que não esteja fazendo as coisas como deveria. Ele põe tudo a perder. Não adianta tentar disfarçá-lo, pois, se você estiver com medo, não conseguirá fazer nada construtivo. Só eliminando-o é que você conseguirá convencer uma pessoa.

O medo do fracasso pode limitar uma pessoa. Isso pode acabar com ela como indivíduo. Se uma pessoa se preocupa sempre com o fracasso, vai ficar tão ansiosa que terminará fracassando.

O medo cria dificuldades imaginárias. E ainda mais, medo é contagioso e se alimenta dele mesmo e se multiplica. Todo mundo percebe quando você está com medo de enfrentar algum desafio.
Quero ilustrar essa situação, com uma pequena parábola, que talvez você já conheça:

Numa terra em guerra havia um rei que causava espanto.
Sempre que fazia prisioneiros, não os matava: Levava-os a uma sala onde havia um arqueiro do lado de uma imensa porta de ferro, sobre a qual viam-se gravadas figuras de caveiras cobertas por sangue.
Nesta sala ele os fazia enfileirar-se em círculo e dizia-lhes então: -Vocês podem escolher entre morrer a flechadas por meus arqueiros ou passarem por aquela porta que será trancada
logo após sua passagem. Todos escolhiam serem mortos pelos arqueiros. Ao terminar a guerra, um soldado que por muito tempo servia ao rei se dirigiu ao soberano:
- Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga soldado.
O que havia por detrás da assustadora porta?
- Vá e veja você mesmo.
O soldado então, abre vagarosamente a porta e, na medida em que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente. E, finalmente, ele descobre, surpreso, que a porta se abria sobre um caminho que conduzia à LIBERDADE!!!
O soldado, admirado, apenas olha seu rei, que diz:
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a se arriscar a abrir esta porta.

Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar?
Quantas vezes perdemos a Liberdade e morremos por dentro, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?
Desejo que você comece vencer todos os medos, que te impedem de sonhar e realizar...

(Autor desconhecido)

Cantinho das Mensagens

A PARÁBOLA DOS TALENTOS

Havia um homem muito rico, possuidor de vastas propriedades, que era apaixonado por jardins. Os jardins ocupavam o seu pensamento o tempo todo e ele repetia sem cessar:
"O mundo inteiro ainda deverá se transformar num jardim. O mundo inteiro deverá ser belo, perfumado e pacífico. O mundo inteiro ainda se transformará num lugar de felicidade".
Suas terras eram uma sucessão sem fim de jardins, jardins japoneses, ingleses, italianos, jardins de ervas, franceses. Era um trabalhão cuidar dos jardins. Mas valia a pena pela alegria. O verde das folhas, o colorido das flores, as variadas simetrias das plantas, os pássaros, as borboletas, os insetos, as fontes, as frutas, o perfume...

Sozinho ele não daria conta. Por isso anunciou que precisava de jardineiros. Muitos se apresentaram e foram empregados. Aconteceu que ele precisou fazer uma longa viagem. Iria a uma terra longínqua comprar mais terras para plantar mais jardins. Assim, chamou três dos jardineiros que contratara, Paulo, Hermógenes e Boanerges e lhes disse: "Vou viajar. Ficarei muito tempo longe. E quero vocês cuidem de três dos meus jardins. Os outros, já providenciei quem cuide deles. A você, Paulo, eu entrego o cuidado do jardim japonês. Cuide bem das cerejeiras, veja que as carpas estejam sempre bem alimentadas... A você, Hermógenes, entrego o cuidado do jardim inglês, com toda a sua exuberância de flores pelas rochas... E a você, Boanerges, entrego o cuidado do jardim mineiro, com romãs, hortelãs e jasmins".
Ditas essas palavras ele partiu. O Paulo ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim japonês. O Hermógenes ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim inglês. Mas o Boanerges não era jardineiro. Mentira ao se oferecer para o emprego. Quando ele viu o jardim mineiro ele disse: "Cuidar de jardins não é comigo. É trabalho demais..." Trancou então o jardim com um cadeado e o abandonou. Passados muitos dias voltou o Senhor dos Jardins, ansioso por ver os seus jardins. O Paulo, feliz, mostrou-lhe o jardim japonês, que estava muito mais bonito do que quando o recebera. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Veio o Hermógenes e lhe mostrou o jardim inglês, exuberante de flores e cores. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Aí foi a vez do Boanerges. E não havia formas de enganar.

"Ah! Senhor! Preciso confessar: não sou jardineiro. Os jardins me dão medo. Tenho medo das plantas, dos espinhos, das taturanas, das aranhas. Minhas mãos são delicadas. Não são próprias para mexer com a terra, essa coisa suja... Mas o que me assusta mesmo é o fato das plantas estarem sempre se transformando: crescem, florescem, perdem as folhas. Cuidar delas é uma trabalheira sem fim. Se estivesse no meu poder, todas as plantas e flores seriam de plástico. E a terra seria coberta com cimento, pedras e cerâmica, para evitar a sujeira. As pedras me dão tranquilidade. Elas não se mexem. Ficam onde são colocadas. Como é fácil lavá-las com esguicho e vassoura! Assim, eu não cuidei do jardim. Mas o tranquei com um cadeado, para que os traficantes e os vagabundos não o invadissem".
E com estas palavras entregou ao Senhor dos Jardins a chave do cadeado. O Senhor dos Jardins ficou muito triste e disse: "Esse jardim está perdido. Deverá ser todo refeito. Paulo, Hermógenes: vocês vão ficar encarregados de cuidar desse jardim. Quem já tinha jardins ficará com mais jardins. E, quanto a você, Boanerges, respeito o seu desejo. Você não gosta de jardins. Vai ficar sem jardins. Você gosta de pedras. Pois, de hoje em diante, você irá quebrar pedras na minha pedreira"...

(Rubem Alves)

Cantinho da Poesia


O mundo gira,
Me embala
E, no sopro suave do sono,
Vou sendo levado.

Flutuo, giro, rodo,
Como um pião...

Rio, canto, choro,
Como um grande bufão...

A vida me leva,
A vida me enleva,
A vida me trava,
A vida me entrava,
Mas vou seguindo...

Qual vivesse numa grande comédia,
Vou seguindo...
Afinal, não é isso que a vida é?
Um grande e iluminado palco,
Onde os atores decoram direitinho
O seu papel?...

Colocam suas máscaras,
Vestem suas fantasias,
E qual a dona de um bordel,
Riem, riem muito.
Mostram-se alegres, felizes,
Satisfeitos...
Mas o coração,
No peito está a sangrar.

E os atores caminham,
Sorriem, choram...
Abraçam, sofrem, amam...
O público: é toda a humanidade
Os atores: são toda a humanidade
E os atores se revezam
No palco da vida,
Pois o espetáculo não pode parar.

(Irmão Martim)

quinta-feira, outubro 12, 2006

Cantinho Espírita

CRIANÇAS

O meu recado esta noite, irmãos, é para os pais; aqueles maiores responsáveis pela educação das crianças que lhes foram confiadas a fim de serem amparadas e preparadas, para viver cada encarnação de forma melhor do que na anterior.
É bom lembrar que o espírito de uma criança não é também uma criança, e sim alguém que viveu muitas vidas, que experimentou de tudo de acordo com o seu tempo e as suas necessidades. Mas mesmo assim, elas não se lembram de outras vivências e por isso nos parecem tão dependentes e frágeis, porém, à medida que vão desenvolvendo suas habilidades já vão demonstrando suas tendências, boas ou más, gostos, inclinações para uma profissão, apegos ou desapegos.
É aí que entra o trabalho da família diante das ações e reações de suas crianças. Elevar sempre seu lado bom nas atitudes e pensamentos, elogiando-as sempre, por mais que nos pareça pouco ou mal feito o que elas fazem. Dizer a elas o quanto elas são inteligentes, capazes, perfeitas e belas, a fim de que, acreditando nisso, elas possam ser felizes e desenvolver melhor as suas habilidades e sentindo-se seguras para tomar suas próprias decisões.
Uma criança feliz, direcionada para o bem e para o sucesso será um adulto melhor, mais seguro, mais trabalhador, mais confiante, e quanto mais pessoas assim se formarem, melhor será a humanidade e a vida será vista como ela realmente é: um dom divino e maravilhoso.
Amem a vida, amem as crianças que lhes foram confiadas e eduquem a criança que existe em cada um de vocês, pois o amadurecimento se processa todos os dias, é interminável.
Fiquem em paz e com as bênçãos divinas.
Que assim seja.

(Um irmão de luz)

Cantinho Espírita

DIA DAS CRIANÇAS

Hoje é dia da criança e eu não ganhei nada. Nem eu nem os meus amiguinhos que estão aqui comigo.
Sabem, nós sabemos que aqui onde a gente está, nós não precisamos de nada disso, mas é que é tão gostoso ganhar presente.
Quando eu estava aí na Terra, meus pais sempre me davam presente no meu aniversário, no natal, no dia da criança e quando eu fazia malcriação e batia o pé, às vezes, eu também ganhava presentes.
Estão falando para eu contar que eu ganhava umas palmadas também.
Ah! mas eu nem me importava.
Hoje é dia das crianças.
Vocês lembraram de suas crianças, sejam elas grandes ou pequenas?
Hoje é dia das crianças.
Vocês lembraram de dar um pouco de amor, de carinho, de atenção para as criancinhas que não têm pai nem mãe?
Hoje é dia das crianças.
Nós todos, crianças daqui, estamos muito felizes e queremos pedir aos pais e mães que estão aqui que dêem um feliz dia das crianças aos seus filhos, que nós estamos mandando.
Hoje é dia das crianças.
Que bom. Um abraço e um beijo pra todo o mundo.

Patrícia, Janaína, Pedro, Fernando

domingo, outubro 08, 2006

Cantinho das Músicas

EU SEI
(Papas da Língua )

Eu sei, tudo pode acontecer
Eu sei, nosso amor não vai morrer

Vou pedir aos céus, você aqui comigo
Vou jogar no mar, flores pra te encontrar

Não sei porque você disse adeus
Guardei o beijo que você me deu

Vou pedir aos céus, você aqui comigo
Vou jogar no mar, flores pra te encontrar

You say good-bye, and I say hello
You say good-bye, and I say hello

Não sei porque você disse adeus
Guardei o beijo que você me deu

Vou pedir aos céus, você aqui comigo
Vou jogar no mar, flores pra te encontrar

You say good-bye, and I say hello
You say good-bye, and I say hello

Cantinho Espírita

SEXO E ESPIRITÍSMO

Sexo, palavra tão comentada e tão mal empregada.
Fala-se de sexo como algo sujo, como algo que somente é entendido como uma satisfação dos desejos, como algo pouco digno.
Filhos, o sexo é uma energia que precisa ser controlada e sentida como algo divino, superior. É uma energia que, se bem trabalhada, traz muitos benefícios tanto para a saúde física como espiritual.
É importante que os jovens recebam algum esclarecimento sobre os valores reais desta energia.
É preciso que sejam orientados à buscar conhecimento através de leituras sérias e responsáveis.
É de fundamental importância que a juventude comece a ser preparada para que, no futuro, haja criaturas mais equilibradas, mais conscientes da responsabilidade que têm sobre o sexo. Não basta apenas achar que já estão preparados para sair por aí e perder-se em desvarios.
Educadores, busquem orientar os jovens, mostrem a eles a necessidade de um aprofundamento a respeito deste assunto. Todos vocês devem buscar mais conhecimentos, maior orientação e, com seriedade, lançarem esta semente para que, num futuro próximo, ela comece a germinar.
Não deixem esse tema esfriar. Pelo contrário, pois, só assim, poderemos ter a certeza de que essas sementes, hoje poucas, em maior número amanhã, cobrirão de informações os nossos jovens que representam futuros adultos conscientes e responsáveis de amanhã.
Filhos, façam a parte que lhes cabe. Não se inibam, o assunto é bastante sério e precisa ser encarado com responsabilidade. Assim, quem sabe este planeta seja povoado por seres que saibam valorizar e respeitar devidamente, esta grande energia que vem do sexo, num futuro bem próximo.
Espero que possam entender o recado. Ele é simples, mas deve ser levado em consideração.

(Um irmão de luz)

Para Refletir


ERA UMA VEZ...
Era uma vez um próspero fazendeiro, dono de muitas propriedades e que estava gravemente enfermo. Sua preocupação maior era com o clima de desarmonia que reinava entre os seus 4 filhos. Com o objetivo de dar-lhes uma lição ele mandou chamá-los para fazer uma revelação importante. Prontamente eles atenderam ao chamado do pai que comunicou-lhes a seguinte decisão:

"Como vocês sabem, não me resta muito tempo de vida e eu quero aproveitar para avisá-los que vou deixar todos os meus bens para apenas um de vocês."

Os filhos espantados se entreolharam e surpresos ouviram o restante que o pai tinha a dizer:

"Vocês estão vendo aquele feixe de gravetos ali atrás da porta? Aquele que conseguir partir o feixe ao meio com apenas as mãos, este será o meu herdeiro."

Um a um teve a sua chance de tentar quebrar o feixe, mas nenhum deles, por mais esforço que fizesse, foi bem sucedido nas tentativas. Indignados com o pai que lhes propusera uma tarefa impossível, começaram a reclamar. Foi quando o fazendeiro pediu o feixe e disse que ele mesmo iria quebrá-lo. Incrédulos, os filhos deram o feixe de gravetos para o pai que, deitado, foi retirando um a um dos gravetos do feixe e foi quebrando-os separadamente até não restar um único graveto inteiro. E depois concluiu:

"Enquanto vocês estiverem unidos, nada poderá pôr em risco tudo que construí para vocês. Mas separadamente vocês são tão frágeis quanto cada um desses gravetos."

Assim como dois pedaços de madeira podem sustentar mais peso do que a soma que cada um pode sustentar separadamente, da mesma forma o ser humano chegará a conclusão que um ajudando o outro, nós todos iremos muito mais longe que o famoso ditado "cada um por si e Deus por todos..."

(Autor desconhecido)

Um pedacinho de Salvador

TEATRO CASTRO ALVES

A visitação ao Teatro Castro Alves é como se fosse um passeio turístico. Neste passeio conta-se toda história do teatro, desde a sua primeira construção onde 7 dias antes da inauguração ocorreu o incêndio, até os dias atuais; mostrando fotos e tornando a visita ainda mais interessante. Inicia-se no Vão Livre, local onde são realizados recepções, festas internas...
Sala de Espera do TCA, onde comenta-se um pouco sobre o painel de Caribé, referência da colonização; em seguida subimos para o Jardim Suspenso, local também onde se ocorre recepções, exposições, uma espécie de varanda ao ar livre... seguimos na rampa de acesso a Sala Principal, que depois da reconstrução foi feita especialmente para deficientes físicos, entramos na Câmara de Isolamento, intermedio entre a parti de fora as Sala Principal e a parti de dentro, neste local se pode ouvir o que se passa fora da sala e dentro da sala porém passando dessa câmara já dentro da sala não é possível ouvir nenhum barulho que venha de fora do teatro, somente o espetáculo.
Dentro da Sala Principal, ocorreram modificações após o incêndio, a divisão das poltronas, materiais específicos para uma ótima acústica, o carpete e o forro das poltronas possui um produto onde o fogo não se espalha com facilidade; o palco pode ser regulado para qualquer tipo de espetáculo. Conhecemos os camarins, individuais ou para grandes grupos como Balé, orquestras, peças... Passamos pelo elevador de carga onde é carregado todo o cenário que é feito dentro ou fora do próprio teatro, pois nele não existe apenas salas para espetáculos. O Canteiro de Montagem, é onde monta-se novos cenários ou se da assistência para cenários de fora.
Neste teatro também constroi-se figurinos na Sala de Costuras onde posteriormente ficaram guardados no Guarda Roupa que hoje já tem mais de 700 peças, onde pode-se ser alugadas. Podemos também assistir os ensaios do BTCA e da OSBA na suas respectivas salas de ensaios. Passamos pela Sala do Coro e também pela Concha Acústica, onde acrescentamos um pouco mais da história do Teatro Castro Alves.
Visitar este teatro, é aprender mais sobre o que a Bahia tem para nos oferecer.

(Teatro Astro Alves)


HISTÓRICO

Fruto das idéias desenvolvimentistas do Governador Antônio Balbino, a história do Teatro Castro Alves, que homenageia o "Poeta dos Escravos", possui momentos de grandes espetáculos, passando por dois incêndios que motivaram sua reforma.
O primeiro deles ocorreu antes mesmo de sua inauguração. Era a madrugada do dia 9 de julho de 1958 - cinco dias antes de sua inauguração - e a versão apurada oficialmente foi de que um curto-circuito havia destruído aquele que deveria ser o mais novo espaço cultural de uma cidade que jazia estagnada economicamente - numa decadência com poucos lapsos de crescimento econômico desde a transferência da capital do país para o Rio de Janeiro.
Sua arquitetura modernista chocava a sociedade avessa a novidades, e sua grandiosidade incomodava políticos que almejavam o crescimento...
Balbino, que introduzira no governo do Estado uma mentalidade de planejamento e fomento econômico, enfrentava sem sucesso as forças conservadoras: e o incêndio foi a "prova" de suas idéias estavam "erradas"...
Seu aparente fracasso fez com que as obras de recuperação, reiniciadas ainda em seu mandato, fossem abandonadas por Juracy Magalhães - seu opositor.
Situado na principal praça da Capital - o Campo Grande - onde um belo monumento erguido pelo governador Rodrigues Lima evoca as lutas gloriosas da Independência da Bahia, o teatro foi praticamente reconstruído pelo governo Lomanto Júnior - recebendo entretanto, por parte da elite local já avessa ao ativismo cultural, grande ojeriza, que somente o tempo foi capaz de vencer.
Foi inaugurado, com a presença, além do próprio governador, do Presidente Castello Branco, a 4 de março de 1967.
Ali se apresentam, para horror de uma sociedade atônita, Gilberto Gil e Caetano Veloso - iniciando a grande agitação cultural que iria - partindo da Bahia - revolucionar o Brasil, nos anos setenta.
Mas o TCA não resistiria incólume ao choque cultural... abandonado por anos a fio, chega aos anos 80 degradado e, finalmente, novamente arde em chamas...
Após ampla reforma, que lhe restituiu o vigor que originalmente havia imaginado Balbino, é reinaugurado mais uma vez em 1993 - desta feita numa cidade que despertara para sua grande vocação cultural, que já reconhecia a genialidade de seus "filhos" antes vistos com escândalo.

(Wikipedia.org)

Verena^Å^


Eu aprendi que, quando você planeja se nivelar com alguém,
apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você.
(Legrand)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Cantinho das Músicas

TREM DO AMOR
(Ivete Sangalo)

Peguei o trem do amor
A Jerusalém
Na mala não levo a dor, não
E nem cabe no trem
Cantando e tocando eu vou
Vou para o além
E o anjo condutor, meu Deus
É músico também

Canta Bahia reggae
Nayambing Blues para você, meu rei
Canta Bahia reggae, now
Rabi vai ouvir mais uma vez

A tristeza vai embora
Alegria a toda hora
Eu sei
Que a semente já vai brotar
Já sei
Como é grande a vontade de cantar
Eu sei
"The Legalize" não vai negar
"The Legalize" não vai negar
Fogo na babilônia

Cantinho dos Amigos

UMA QUESTÃO DE TEMPO...

Sim... as pessoas que amamos são insubstituíveis ao nosso coração. Aquele lugarzinho que elas ocupam fica marcado com a presença delas, com o cheiro, com a forma e até o som do riso.

E quando elas partem forma-se o vácuo. Mas se a presença física se foi, ficam ainda as lembranças de tudo aquilo que foi construído juntos: os momentos vividos, as horas compartilhadas, muitas vezes as partidas e reencontros...

A saudade é tão indizível quanto à dor que ela provoca.

Mas ainda existe uma esperança: quem faz o bem aqui, nunca vai completamente: essa pessoa vive através dos ensinamentos que deixou, vive através das marcas que foi colocando em cada passo, cada acontecimento...

E o que reconforta é a esperança de que esse ponto final colocado é apenas passageiro, pois o Senhor nos prometeu que um dia, no céu, nós nos reconheceríamos.

Então... é apenas uma questão de tempo. Um dia a gente se reencontra fatalmente com aqueles que amamos e nos amaram acima de tudo nessa vida terrena. E enquanto estamos aqui, vamos deixando nossas marcas também, por que há os que precisam de nós e os que um dia irão querer viver com a esperança de nos reencontrar.

Assim, um dia, numa promessa feita por Deus, haverá no céu uma grande festa.

Tudo é uma questão de tempo...

(Letícia Thompson )

(Mensagem enviada pela Luciaq)

Cantinho de Auto Ajuda


SOMOS TODOS APRENDIZES, MAS NÃO APENAS APRENDIZES
É verdade, somos, sim, todos aprendizes, mas ninguém é apenas aprendiz, pois todos sempre temos também algo a ensinar, ainda que a nossa ignorância nos faça sentir pequenos e insignificantes diante do universo.

Não importa quantas vezes já tenhamos vindo a este lado da vida ou ainda tenhamos que vir. Importa que em todas as nossas passagens éramos e sempre seremos aprendizes e, portanto, em todas aprendemos e continuaremos aprendendo. E se em todas aprendemos algo, nesta e nas próximas já temos também condições de ensinar, enquanto continuamos aprendendo, incansáveis e curiosos por aquilo que ainda não sabemos.

A busca nunca cessa, porque cada novo aprendizado leva sempre a uma nova dúvida, a um novo questionamento, a uma nova curiosidade, a milhões de outras possibilidades.

Aprendemos mesmo quando erramos e ainda quando cremos que nada aprendemos, porque relaxar e silenciar é também um aprendizado. É, talvez, o aprendizado mais difícil, porque nos põe em contato direto com nós mesmos, com a nossa intimidade, com a nossa estrutura interna, que nunca se perde, embora esteja sempre se transformando, conforme aprendemos.

Tudo o que nos chega, chega para compor, para complementar, ainda que não nos pareça fazer sentido num primeiro olhar. Todo conhecimento que penetra a nossa consciência nos modifica, de alguma forma, e, depois dele, já não somos mais os mesmos, já mudamos, já aprendemos algo novo, sobre a vida e sobre nós mesmos. E se aprendemos, estamos prontos a ensinar e somos chamados a esta responsabilidade pela vida, mesmo que a ela não nos queiramos entregar.

Ler, estudar, pesquisar, buscar, questionar, perguntar, observar são muito mais que ações: são atitudes da alma, daquela alma que quer apreender para aprender, e aprender para crescer. Mas não aquele crescimento mesquinho, que fala somente de si mesmo, para dominar, controlar e submeter. E, sim, o crescimento maior e mais sublime, que liberta e fala da humanidade como um todo, um organismo vivo, composto por milhões de seres humanos todos aprendendo no mesmo processo, todos vivenciando o mesmo aprendizado dinâmico visceral, que não deixa idéia sobre idéia, conceito sobre conceito, convenção sobre convenção. O crescimento que se sente, mas não se vê. O crescimento que se intui, mas não se mede e nem se registra.

Aprender é, sim, um processo profundo e complexo, onde dor e êxtase se misturam. Um processo de troca e transformação, de destruição e reconstrução, de morte e renascimento; em que se dá e se recebe, porque se baseia em estímulos e informações, práticas e teorias, em sentimentos e pensamentos.

Para aprender é preciso, sim, estar pronto a receber, mas é também preciso estar disposto a dar. É preciso estar aberto à lição nova, que chega trazendo novas reflexões e aberto também para que a lição antiga possa sair, levando suas notícias a quem ainda não as ouviu.

Aprender e ensinar são parte do mesmo processo. Aquele que, verdadeiramente, ensina, sabe que também aprende enquanto fala do que conhece. Não importa quantas vezes repita a mesma lição, ela nunca será a mesma, nunca será igual. Ela sempre se renovará com base no conteúdo daquele que aprende, porque quem aprende ensina com o seu modo de aprender. E aquele que ensina, sabendo disso, mantém-se humilde diante daquele a quem ensina, pois sabe que ele também, inconscientemente, também está ali para ensinar.

E aquele que está em busca do verdadeiro aprendizado, o aprendizado da alma, embora se transforme o tempo todo no processo, o faz de forma consciente, acompanhando cada etapa, cada mudança, procurando compreender cada novo despertar de sua alma. E não se entrega inerte, não entrega seu coração, nem sua alma, não se permite deslumbrar ou fantasiar sobre o que está aprendendo. Ele se mantém alerta, presente, lúcido e o faz na certeza de que é isso que se espera dele. Aquele que está aprendendo sabe que é responsável pelo que aprende, tanto quanto aquele que ensina o é pelo que passa adiante.

Somos todos aprendizes de nós mesmos. E, ao mesmo tempo, somos todos mestres de nós mesmos. Aprendemos com aquilo que vivenciamos em nossas entranhas, com aquilo que dói e se retorce e nos força a ir adiante em busca de mais. E ensinamos a nós mesmos os caminhos e descaminhos de nossas próprias buscas, de nossos próprios erros, de nossas próprias conquistas e derrotas. Somente nós sabemos o quanto nos custou cada passo, cada questionamento, cada conflito. E só nós sabemos o quanto nos vale cada resposta alcançada com cada um deles.

A busca não termina, pois é a própria vida. Na busca está o nosso próprio objetivo, pois somos todos aprendizes. E mestres. Mestres de eternos aprendizes que somos de nós mesmos.

(Maísa Intelisano)

Cantinho das Mensagens

QUE MEDO É ESTE?

Temos medo de tantas coisas! Mas porque sentimos medo?
Medo é um sentimento universal, antigo e necessário à sobrevivência!
É um dos sentimentos que permitiram à espécie humana multiplicar-se e dominar a Terra! Aprendemos a ter medo do que pode nos afetar fazendo-nos mal, é uma forma natural de nos proteger de algo desconhecido ou já conhecido e a nós passadas através das experiências coletivas.
Desde os tempos mais remotos, o homem foi dotado de medos, medo quando saía à caça com a preocupação de não se tornar a caça, das inúmeras invenções que como tudo, contém também seus riscos, das reações adversas da natureza...

Portanto, medo é um sentimento que se faz presente em nossas vidas, um mecanismo de defesa diante de situações desconhecidas e até mesmo causado por experiências traumáticas, ativado para nos proteger de situações semelhantes e novas!
Somos frutos da família, da sociedade, enfim do meio em que vivemos. Aprendemos com as pessoas próximas e suas experiências pessoais. Através delas também aprendemos a ter nossas reações diante da vida e dos fatos, assim como nos ensinaram o certo e o errado em suas concepções aprendidas em seu meio e época. O medo é um sentimento particular de cada indivíduo com o seu ambiente e pode ser “aprendido”.

Existem diversos tipos de medo, e ao longo da vida podemos nos deparar com medos infundados, que não são nossos, pois na infância podemos ter apenas observado o medo de alguém e suas reações diante de tais situações e nossa mente ter feito a captação, então em situações análogas, podemos estar agindo de uma forma inexplicável, como se fosse uma lição de medo aprendida, que nem sabemos suas causas reais (um medo que não nos pertence!).
Este medo infantil pode ainda nos assolar na fase adulta, por ainda não ter sido “assimilado” em nossa mente. Podemos até ter um medo terrível de um inseto sem ter tido qualquer experiência “traumática”, mas apenas por ter observado alguém de nossa convivência em pânico diante dele!
Se estivermos tendo uma atitude inexplicável diante de uma certa situação, temos que parar, pensar e tentar encontrar uma razão convincente, tentarmos lembrar de alguma situação semelhante na qual tenhamos convivido ou assistido, e a reação das pessoas presentes, analisar se naquele momento adquirimos aquele medo porque foi esta a lição, mesmo não entendendo a situação real.

Mas se o nosso medo se tornar tão infundado e assustador a ponto de causar até mesmo reações físicas desconfortáveis e desproporcionais à “ameaça” , neste caso, deixou de ser um simples “medo natural” para se tornar uma doença, a fobia, pois situações simples estão sendo vistas como catástrofes!

Trata-se de um medo irracional especificamente provocado pela exposição a um objeto ou situação temida, um medo patológico, uma crise de pânico desencadeada por um acontecimento marcante. É uma manifestação de angústia profunda, muitas vezes sem relação aparente com o objeto do medo. Entre vários exemplos, temos: a fobia social (medo da exposição social), agorafobia (medo de sair de casa), claustofobia (medo de lugares fechados) e acrofobia (medo de altura).

Claro que em se tratando de acontecimentos violentos, como depois de um episódio de um seqüestro, é natural que fiquem algumas seqüelas psicológicas e a vítima sinta medo com freqüência. Mas a marca da fobia é justamente o caráter exacerbado e irracional.
É preciso desfazer o ciclo do “medo aprendido” descobrindo a causa e quebrando-o, para isto uma ajuda profissional pode ser essencial, assim como a determinação e a tão importante cooperação da própria pessoa neste processo de cura.
O sintoma da fobia, do pânico, é conseqüência de algo que o paciente ocultou de si mesmo e esta cadeia de pensamentos se encontra protegida por uma energia denominada resistência que impede que este conteúdo venha a emergir na consciência, permanecendo aprisionado no inconsciente.

A psicanálise tenta descobrir o significado do sintoma, fobia ou o pânico, que traz tanto sofrimento, atuando nestes aspectos inconscientes, ampliando a rede associativa para que os conflitos possam ser compreendidos e superados, eliminando-se assim os sintomas.
Um analista deve ter a calma necessária para permitir que a fala de seu paciente signifique, identifique, decifre, simbolize e traga em palavras o significado do sintoma através da livre associação de pensamentos.
A análise auxilia o indivíduo a reconstruir sua história individual, dando um novo significado aos fatos resgatados do inconsciente.

É inegável o fato de que em nosso mundo atual vivemos “bombardeados” pelo medo, e até mesmo um noticiário pode interferir de forma muito negativa com uma infinidade de calamidades que se transformadas em iminência na nossa mente, poderão nos manter trancados em casa o resto da vida! Temos que aprender a lidar com o medo, identificá-lo e administrá-lo nos parâmetros da realidade para não vivermos dentro de uma sociedade em pânico!

O ser humano passa por muitas situações ameaçadoras, mas se o medo que nos equilibra se tornar o medo que nos “assalta”, estará deixando de ser coadjuvante de nossa sobrevivência para se tornar o limitador de nossas vidas!

(Silvana Lance Anaya)

Cantinho da Poesia


PROSSIGA

Foram tantos planos erguidos...
Uns com sucesso,
outros destruídos
nos mais variados tempos.
Alertei-me com desilusões,
não parei.
A continuidade
me fez ter novas sensações,
viver outras emoções...
Mesmo que tudo pareça acabar
não se ausente, prossiga...
O passado se foi
nova fase virá.
Hoje o olhar é rasteiro,
amanhã se levantará
e verá como tudo que foi visto,
adicionado ao futuro
boa colheita trará.

(Um irmão de luz)